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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Painéis restaurados de Portinari são expostos em São Paulo


Por quatro meses, restauradores recuperaram cores e detalhes da obra mais importante de Portinari. "Guerra e Paz" sofria com a exposição à luz, diante de vidraças enormes na sede da ONU em Nova York.

Guerra e Paz (Foto: Reprodução Rede Globo)
Foi aberta ao público, nesta terça-feira (7), no Memorial da América Latina, em São Paulo, a exposição dos painéis “Guerra e Paz” do pintor brasileiro Cândido Portinari.

Quem não se sente pequenininho diante da "Guerra"? Ainda mais agora que as feras ficaram mais vivas e a derrota humana, mais doída. Difícil não sentir ternura diante da "Paz".
Por quatro meses, restauradores recuperaram cores e detalhes da obra mais importante de Portinari. "Guerra e Paz" sofria com a exposição à luz, diante de vidraças enormes na sede da ONU em Nova York.
O curioso é que os restauradores contaram que, em todos esses anos que os painéis passaram na ONU, o que mais sofreu com a ação do tempo foi, justamente, a paz.
A paz de Portinari e a guerra que ele detestava continuariam desbotadas e distantes, não fosse uma reforma no prédio da ONU.
“A gente pensou: 'bom, é agora!'. Seria uma oportunidade perfeita para se restaurar os painéis depois de mais de 50 anos”, diz Maria Duarte, diretora do Projeto Guerra e Paz.
Restaurar e reapresentar Portinari aos brasileiros. “As pessoas associam o Portinari a coisa trágica. Mas tem um outro Portinari terno, lírico, poético da infância, que é esse aí”, explica João Cândido Portinari, filho do pintor.
Para Portinari, a guerra não era exatamente uma questão de armas, mas muito mais de sofrimento humano. Já a paz, para ele, podia ser representada pelas coisas simples, como homens trabalhando ou as brincadeiras na infância.
Pela primeira vez, uma exposição reúne os painéis e 88 estudos preparatórios que, pela necessidade de vender, nem Portinari reuniu. Aliás, ele não tinha visto para os Estados Unidos e só viu os painéis montados uma única vez.
Para a inauguração tão importante, Milton Nascimento trouxe música nova, Beatriz Segall relembrou o artista e Ana Botafogo fez da dança uma pintura.

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