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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pesquisa revela que memória ruim está relacionada a problemas do sono

 

Descoberta da Universidade de Stanford abre caminho para o tratamento da memória e também para o que possa parecer 'pouca inteligência'.


Se você anda esquecido e não lembra onde larga as coisas, a sua perda de memória pode estar relacionada a problemas do sono. É o resultado de uma nova pesquisa da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Os especialistas brasileiros concordam com essa tese.
Por falta de memória, o acupunturista Roberto Guarabira quase morreu. “Uma vez entrei na rua na contramão perto de casa, porque esqueci a localização”, conta.
Andar na contramão, perder chaves e não lembrar onde estacionou o carro indicam falta de memória causada por pouco sono e sono ruim. “Nesse período de tempo, quando vinha dormindo mal, esqueci o celular duas vezes e a carteira no caixa automático”, disse o acupunturista Roberto Guarabira.
O problema de Roberto também é o de muita gente de qualquer idade. “Eu comecei em casa: ‘Será que eu desliguei o gás?’, ‘Fechei a porta?’”, comentou a professora Carla França.
Dormir pouco e mal é um problema da vida contemporânea, diz a neurologista Andréa Bacelar. “Eu estou dormindo mais tarde e acordando mais cedo por necessidade diária, grande problema do mundo moderno hoje, dormir menos do que se necessita”, afirma.
O sono tem vários estágios. As fases mais importantes são o sono profundo e o dos sonhos, porque é durante estes períodos que o cérebro organiza as informações recebidas e armazena o que é mais importante. Se o sono é interrompido ou fragmentado, a oxigenação do cérebro diminui e há perda de memória.
“A gente precisa desses estágios de sono. O sono é fundamental para todos os sistemas: cardiovascular, endócrino e respiratório. Para a questão mental, é fundamental para a memória”, destaca a neurologista Andréa Bacelar.
Há muito tempo os cientistas achavam que existiria uma ligação entre falhas da memória e o sono interrompido ou sono de má qualidade. A descoberta da universidade americana abre caminho, não apenas tratamento da memória, mas também para o que possa parecer pouca inteligência. Alunos que não se lembram do que estudaram e funcionários que esquecem ordens são exemplos que podem confirmar a pesquisa.
“A média de um adulto normal é de sete horas de sono. As pessoas que precisam de um pouco mais outras cinco horas estão bem. Se durmo aquelas cinco horas regularmente, deitar mais ou menos na mesma hora, acordo na mesma hora, depois disso estou bem, mentalmente e fisicamente para o meu dia. O indivíduo vai saber quanto tempo ele precisa”, explica a neurologista Andréa Bacelar.
O acupunturista Roberto Guarabira encontrou seu próprio tempo e recuperou a memória do que uma boa noite de sono traz: “Vida boa. Acredito que o sono, neste ponto, foi de extrema importância”.

fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/08/pesquisa-revela-que-memoria-ruim-esta-relacionada-problemas-do-sono.html

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