Novo teste a urina pode detectar cancro da próstata

 

Investigação do Cambridge Research Institute revela que novo exame é eficaz

2010-10-19

 

 

 

 

Foram feitas análises ao tecido e à urina de mais de 350 homens

Cientistas britânicos desenvolveram um teste para detectar o cancro da próstata através de uma proteína presente na urina. Ainda em fase experimental, este exame é já considerado pelos investigadores mais fiável em relação aos que são normalmente utilizados.

Ao contrário do teste de PSA (antigénio prostático específico), que mede os níveis deste antigénio no sangue, os investigadores propõem utilizar como marcador uma proteína chamada MSMB, presente na urina. Os resultados da investigação estão agora publicados na «PlosOne».

A directora do estudo, Hayley Whitaker, do Cambridge Research Institute, explica que foram feitas análises ao tecido e à urina de mais de 350 homens com e sem cancro da próstata para determinar os níveis da presença da proteína microseminoproteína-beta MSMB. Esta revelou-se fácil de detectar.

Os autores afirmam que o teste de PSA pode ter falhas. Por exemplo, nem todos os homens apresentam o mesmo nível de PSA em situações normais e os níveis podem variam por situações que nada têm a ver com o cancro. Além do mais, alguns homens com cancro da próstata não mostram PSA elevada. Muitos resultados obrigam a uma posterior extracção e biopsia de uma amostra de tecidos.

A investigação sugere que os níveis da proteína MSMB na urina podem constituir a base para um novo teste que consiga ajudar a identificar quem tem maior risco de desenvolver a doença. Este teste também poderá ser utilizado com de PSA para melhorar a detecção da doença e seguir a sua evolução.

Neste momento já está a ser realizado um estudo a uma maior escala em que participam 1200 homens. Os resultados devem ficar a conhecer-se no final deste ano.

Artigo: The rs10993994 Risk Allele for Prostate Cancer Results in Clinically Relevant Changes in Microseminoprotein-Beta Expression in Tissue and Urin

 

fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=45682&op=all