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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Criação de empregos formais recua 25,9% no semestre, para 1,04 milhão



Em junho, criação de empregos caiu 44%, para 120.440 vagas, diz governo.
Trata-se do pior resultado para meses de junho, desde 2009.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
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Foram criados 1,04 milhão de empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta segunda-feira (23) pelo Ministério do Trabalho . O número representa uma queda de 25,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 1,41 milhão de vagas.
Trata-se, também, do pior resultado para o período desde 2009, quando foram criados 397,9 mil empregos com carteira assinada. Os números de criação de empregos formais do acumulado deste ano, e de igual período de 2011, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de maio). Os dados de junho ainda são considerados sem ajuste.
Somente no mês passado, ainda segundo dados oficiais, foram abertas 120.440 vagas com carteira assinada, o que representa o pior resultado para meses de junho, desde 2009 – quando foram criados 119.495 empregos formais. Na comparação com o mesmo mês de 2011 (+215.393) houve uma queda de 44%.
A queda na criação número de empregos acompanha a desaceleração da economia brasileira. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a economia brasileira cresceu apenas 0,2% na comparação com os três últimos meses do ano passado.
Para recuperar o crescimento, a equipe econômica do governo anunciou, nos últimos meses, uma série de medidas. 
Além de o BC estar baixando os juros desde agosto do ano passado, o governo tambémreduziu o IPI para a linha branca (máquinas, fogões e geladeiras), para automóveis,desonerou a folha de pagamento de alguns setores, liberou crédito para as empresas epara os estados do país com juros mais baixos, baixou o nível do compulsório (recursos que têm de ser mantidos pelos bancos no BC) e também reduziu a alíquota do IOF para empréstimos de pessoas físicas.
Setores da economiaSegundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais no primeiro semestre deste ano, com 469.699 postos abertos, ao mesmo tempo em que a construção civil foi responsável pela contratação de 205.907 trabalhadores com carteira assinada. O setor agrícola, por sua vez, gerou 135.440 empregos no primeiro semestre, enquanto que a indústria de transformação abriu 134.094 postos formais. Já o comércio criou 56.122 postos formais, segundo dados oficiais.
"Entre os vinte e cinco subsetores de atividade econômica, apenas a Indústria de Material de Transporte (-3.790 postos ou -0,65%) mostrou queda no nível de emprego no primeiro semestre de 2012", informou o governo.
 
Distribuição geográfica dos empregos
Por regiões do país, ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, o destaque ficou por conta do Sudeste, com 619.950 postos formais abertos nos seis primeiros meses de 2012. Em segundo lugar, aparece a região Sul, com a abertura de 203.253 vagas com carteira. A região Centro-Oeste, por sua vez, abriu 152.403 postos de trabalho. Já as regiões Norte e Nordeste criaram, respectivamente, 44.565 empregos e 27.743 postos formais no primeiro semestre deste ano.
"Dentre as vinte e sete Unidades da Federação, vinte e seis mostraram crescimento do emprego, com duas apresentando saldos recordes, três o segundo melhor resultado e cinco o terceiro maior saldo para o período. Os resultados recordes foram exibidos pelos estados do Pará (+22.364 postos) e Amapá (+1.938 postos)", informou o governo. Acrescentou que os estados que obtiveram o segundo melhor resultado para o período foram Goiás (+74.176 postos), Tocantins (+8.139 postos) e Acre (+2.953 postos).

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