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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Quadrilha que fazia arrastões em SP aterrorizava vítimas, diz delegado


'Eles amordaçavam, eles aterrorizavam as pessoas', diz delegado do Deic.
Suspeitos clonavam placas de moradores antes das ações criminosas.

Do G1 SP, com informações do Fantástico
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Os integrantes de uma quadrilha especializada em roubo a bancos e arrastões a condomínios recorriam a ameaças e violência para aterrorizar as vítimas, segundo a polícia. Ao todo, 14 suspeitos de integrar a quadrilha foram presos neste domingo (8) por policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) da Polícia Civil - incluindo um policial militar suspeito de repassar informações sobre o deslocamento de carros da polícia durante as ações.
Um dos carros utilizados pelo bando nas ações criminosas era uma cópia exata dos veículos da Polícia Civil e foi usado em pelo menos três assaltos. O disfarce incluía distintivos, algemas e coletes à prova de bala. A quadrilha tinha ainda metralhadoras, pistolas e uma granada anti-tanque.
Desde janeiro, a policia monitorava conversas telefônicas do grupo. E descobriu que um condomínio era o próximo alvo. O plano era entrar e fazer um arrastão durante a madrugada. Sairiam antes do amanhecer. “Eles amordaçavam as pessoas. eles aterrorizavam as pessoas”, disse o delegado Nelson Guimarães.
Para facilitar a entrada no prédio, os ladrões roubaram carros semelhantes aos de moradores e clonaram as placas. Um porteiro, suspeito de ajudar os bandidos, está sendo procurado. Os criminosos contavam com pelo menos um informante dentro da polícia.
O soldado da PM tinha papel importante na quadrilha. Segundo a investigação, era ele quem monitorava a frequência do rádio da polícia e avisava aos criminosos quando policiais militares se aproximavam de um prédio que estava sendo roubado. Ele fazia isso durante o horário de trabalho. o policial foi preso no inicio da tarde deste domingo.
“A participação de policial em qualquer quadrilha é preocupante, seja civil, seja militar. Por que? Porque ele tem condições especiais de informação, ele recebe informação, consegue monitora uma área. Saber o que está acontecendo, onde estão as equipes, quantas pessoas têm no patrulhamento da área. Quando esses dados são passados para marginais , realmente é preocupante, muito preocupante”, disse o delegado do Deic.
Na quinta-feira (5), um policial militar foi preso suspeito de repassar informações sobre endereços de casas de luxo e hábitos de seus moradores para criminosos. A polícia investiga se ele tinha relação com a quadrilha presa neste domingo.

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