Malas são levadas após despacho ou furtadas de passageiros desatentos.
Em Congonhas, foram 18 furtos no primeiro mês de 2012.
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Em dois dos aeroportos mais movimentados do país, passageiros desatentos têm sido alvos de bandidos que atuam em silêncio e com rapidez. No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, apenas em janeiro de 2012 foram registrados 103 furtos de bagagens. Em Congonhas, foram outros 18 casos. Em um ano, a polícia prendeu nos dois aeroportos 44 suspeitos de furto e roubo de malas nas áreas de embarque e desembarque.
“Alguns segundos são suficientes para o criminoso agir. A máxima da ocasião faz o ladrão: é exatamente isso o que acontece. O criminoso passa e pega a mala. E isso leva apenas alguns segundos”, afirmou o delegado titular de Congonhas, Marcelo Palhares, ao Bom Dia Brasil.
O delegado apontou no aeroporto passageiros desatentos que poderiam ser vítimas. “Ela, de costas para a bagagem, qualquer um que passar ali”, aponta o delegado. Na cadeira da lanchonete, há mala. Já o dono não está por perto. “Ele está completamente distraído, naturalmente em busca de um café, um lanche. Acaba ficando realmente fácil”, afirma.
“Tem tudo aqui dentro, notebook, documento. Eu me distraí conversando sobre negócio e dei uma olhada. Mas, em 10 segundos, a mala vai embora”, reconhece o vendedor José Adir Júnior.
O delegado orienta sobre a postura correta. “Observe que ele tem a mala na frente, ele faz o check in eletrônico, ele tem a mala sobre sua vista, próximo ao corpo, na sua frente. É assim que se deve agir”, declara Palhares.
Quando passam para o lado de lá do balcão, as malas despachadas se tornam responsabilidade das companhias aéreas, mas os passageiros precisam prestar atenção quando chegarem ao destino, na hora de receber a bagagem de volta.
O Procon diz que o ideal é verificar se a bagagem chega rasgada, ou aberta, ainda no aeroporto. Em caso de danos, furtos ou extravio, as companhias aéreas são obrigadas a indenizar o passageiro.
“O consumidor deve sempre procurar a própria companhia aérea que deve dar uma solução adequada para o seu problema. Agora, se ele não conseguir uma resposta que atenda aos seus interesses, às suas necessidades, ele deve procurar o Procon e, até mesmo, se for o caso, o poder judiciário”, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes.
O Procon diz que é bom fazer uma declaração dos itens que estão na bagagem no guichê da companhia aérea. No caso de dano, furto ou extravio, isso pode ajudar. Apenas este ano, as reclamações por danos e extravio de bagagens no Procon de São Paulo aumentaram 30%.
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