Saulo de Castro Abreu reconhece que 'serra funciona como um filtro'.
Trecho de planalto deverá ser concluído em 20 meses.
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O governador Geraldo Alckmin anunciou, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, na tarde desta terça-feira (24), o início das obras de duplicação do trecho de planalto da Rodovia dos Tamoios, que liga São José dos Campos, no Vale do Paraíba, a Caraguatatuba, no litoral norte do estado.
Apesar disso, mesmo após a conclusão das obras, que têm início previsto para maio, os motoristas que utilizam esta estrada para acessar o litoral não deverão se livrar dos longos congestionamentos nos feriados prolongados, como admitiu o secretário de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho.
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O motivo é que ainda não há previsão para a duplicação do trecho de serra da rodovia. "Em termos de impacto no trânsito, é lógico que a serra funciona como um filtro. A não ser que os carros saltem o trecho de serra. Nos períodos de feriado, de pico, vai ter (congestionamentos)", declarou o secretário.
O trecho de planalto a ser duplicado corresponde a quase 50 km, divididos em dois lotes: o primeiro vai do km 11,5 ao km 35,8 e o segundo, do km 35,8 ao km 60,5, abrangendo os municípios de São José dos Campos, Jacareí, Jambeiro e Paraibuna. O custo da obra totaliza R$ 557,4 milhões, o que representa um deságio de 32% na conclusão da licitação, de acordo com Alckmin. O valor previsto inicialmente no processo licitatório pelo Estado era de R$ 821 milhões.
Por enquanto, não há previsão para o início da duplicação do trecho de serra da Tamoios, de acordo com Alckmin. "O trecho de serra é uma nova estrada. Estamos otimistas que até novembro os relatórios de impacto ambiental estejam concluídos e que possamos licitar a obra", afirmou. Para o governador, a duplicação antecipada do trecho de planalto se justifica por atender uma demanda do tráfego regional. "Nós queremos ganhar tempo. É uma obra estratégica sobre o ponto de vista do desenvolvimento regional", disse.
Segundo o governador, a obra é a maior intervenção na Tamoios em 40 anos. Alckmin lembrou quando Jânio Quadros inaugurou em 1957 a estrada, a qual era chamada na época de "virado à paulista". "Era tudo de terra. Na chuva, ninguém passava porque atolava. E muita poeira", contou.
Em 1967, segundo o governador, houve um grande desmoronamento na serra, que precisou ser reconstruída. E na década de 1970 houve uma melhora na estrada de São José dos Campos até Paraibuna, segundo Alckmin. "Então, 40 anos depois nós vamos ter uma grande intervenção. Depois do Rodoanel, é a maior obra viária do estado", completou.
O governador anunciou também que já começaram os trabalhos para o licenciamento ambiental dos contornos sul (Caraguatatuba a São Sebastião) e norte (até Ubatuba) da rodovia.
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