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segunda-feira, 16 de abril de 2012

PM suspeito de estupro fugiu pela porta da frente de delegacia no Rio


PMs que faziam a escolta responderão por favorecimento e prevaricação.
Delegada abriu sindicância para saber de policiais civis facilitaram a fuga.

Do G1 RJ
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O cabo da Polícia Militar que é suspeito de sequestrar e estuprar uma jovem de 21 anos em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, fugiu da delegacia pela porta da frente, segundo a delegada Eliane Villar. Os dois policiais que deveriam estar fazendo a escolta do PM vão responder por favorecimento pessoal e prevaricação, segundo o Bom Dia Rio.

“Os policiais militares em momento algum ficaram na escolta dele. E se tratando de um crime praticado por policial militar ou um militar, há a escolta. A escolta tem que ficar desde o momento que aborda, que prende, até o término”, afirmou a delegada Eliane Villar, ressaltando que os dois PMs do batalhão de Campo Grande vão responder por favorecimento pessoal e prevaricação, quando o funcionário público deixa de cumprir o dever em benefício próprio ou de outro. A delegada, que pediu a prisão preventiva do cabo Frank Cimar Barbosa de Oliveira, também abriu sindicância para saber se policiais civis facilitaram a fuga.

O cabo Frank Cimar, que atua no 17º BPM (Ilha do Governador), teria estuprado a jovem na madrugada de domingo (15). Ela estava com o namorado em uma rua de Campo Grande, quando o casal foi abordado pelo policial. “Ele passou, desceu do carro, com a carteira de polícia na mão e com a pistola na outra mão. Aí mandou ela entrar no carro e mandou eu ficar de cara para a parede, que se eu olhasse para trás ele ia dar um tiro na minha cara”, contou o namorado da jovem, que preferiu não ser identificado.
Apavorado, ele teria ligado para o irmão da namorada, que começou a percorrer as ruas do bairro atrás da jovem. Enquanto isso, o namorado da vítima pediu ajuda na delegacia de Campo Grande. Dois PMs que estavam no local para registrar outra ocorrência foram com ele até a rua onde estava o carro do cabo.

A vítima e o suspeito foram encontrados dentro do carro e levados para a delegacia. De acordo com testemunhas, o cabo Frank Cimas não teria sido algemado pelos colegas. Segundo os policiais civis, antes de fugir, o PM teria ficado o tempo inteiro sem algemas, circulando pela delegacia. Pouco tempo depois, ele desapareceu.

Além de sequestro e estupro, o cabo Frank Cimar vai responder também por ameaça. “Quando ele fugiu da delegacia, ele foi na casa dela outra vez, com outro carro, e ameaçou todo mundo lá. Falou que ia matar todo mundo se levasse adiante”, disse o namorado da vítima. Depois de quase 12 horas na delegacia, a jovem saiu de lá acompanhada do pai. Ela fez um exame no hospital, que comprovou o estupro.
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, considerou o caso gravíssimo. Por meio de nota, ele determinou à Corregedoria que acompanhe a investigação para que os responsáveis sejam punidos. Por telefone, o comandante do batalhão de Campo Grande disse que não viu necessidade de prender administrativamente os PMs que conduziram o suspeito à delegacia, mas informou que abriu uma apuração interna.

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