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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Enfermeira aplicava silicone desconhecido em pacientes no Rio


Por causa das lesões sofridas pelas pacientes, polícia investiga se foi injetado silicone líquido usado em carros e até para lubrificar aviões.

Bom Dia Brasil
Três mulheres sofreram lesões graves depois de terem sido atendidas por uma enfermeira que aplicava injeções de silicone nas pacientes.
A enfermeira Fernanda Ouverney Valente, de 25 anos, e a técnica de enfermagem Iris de Lima Vieira são acusadas de aplicar uma substância ainda não identificada em mulheres que queriam aumentar as nádegas. Pelo menos três foram internadas em estado grave, com lesões sérias provocadas por infecção.
Por causa da gravidade, a polícia investiga se ela injetou um tipo de silicone líquido usado em obras, em carros e até para lubrificar aviões. Em um vídeo, feito pelo marido de uma das vítimas, Fernanda aparece atendendo a mulher que se queixava de dor.
As pacientes eram atendidas em casa ou em uma clínica em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e pagavam entre R$ 200 e R$ 600 pela aplicação. Mas, em clínicas de cirurgia plástica, o procedimento custa, em média, entre R$ 8 mil e R$ 10 mil.
Na casa da enfermeira, a polícia encontrou fotos e receituários que podem revelar a participação de médicos no esquema de compra do silicone usado nas cirurgias.
“Nós vamos agora ouvir o representante do laboratório do Rio de Janeiro que fornecesse esse tipo de produto para saber como foi feita essa venda, o nome do medico que foi usado na compra e vamos ouvir outros médicos que tinham receituários em branco em poder da enfermeira, apreendidos na casa dela ”, afirma o delegado Alexandre Ziehe
A enfermeira chegou a ser presa , mas foi liberada menos de 24 horas depois por um habeas corpus e afirmou que utilizou o mesmo silicone injetável, usado por muitos médicos. Segundo a polícia, Fernanda atendeu mais de 40 mulheres. Ela vai responder por lesões corporais gravíssimas e exercício ilegal da profissão, porque esse tipo procedimento só pode ser feito por médicos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, as mulheres atendidas pela enfermeira, foram vítimas de uma série de erros.
“Procuraram quem não era médico, usaram material que não se sabe o que é, foram em uma casa em vez de um ambiente hospitalar. Então procurem um bom médico que ele dará o andamento adequado ao tratamento ”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Horácio Aboudib.

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