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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Família coloca cães de casal morto na Grande SP para adoção


Oito cães ficaram sem dono após assassinato em Barueri em 29 de março.
Segundo sobrinha de vítima, família não tem condições de abrigar animais.

Do G1 SP
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Cachorros estão em casa na Grande São Paulo e precisam ser adotados (Foto: Déborah F. Laurino/ Arquivo Pessoal)Cachorros estão em casa na Grande São Paulo e precisam ser adotados (Foto: Déborah F. Laurino/ Arquivo Pessoal)
O casal que foi morto em Barueri, na Grande São Paulo, no dia 29 de março, e que teve a casa incendiada após o crime deixou para trás oito cachorros. A maior parte dos animais havia sido retirada das ruas por Dafne Filellini, uma das vítimas. Após o crime, os cães ficaram sozinhos no terreno da casa e a família precisa agora de pessoas dispostas a adotá-los.
Segundo Déborah Filellini, sobrinha de Dafne, oito cachorros permaneciam na casa nesta quarta-feira (11). Os familiares, no entanto, não tinham como tirá-los de lá. “Precisamos muito de ajuda porque a casa era alugada e logo os donos vão querer o terreno de volta”, explica Déborah. “Precisamos de gente que possa adotar os cachorros, ou pelo menos um lugar para eles ficarem até serem adotados de fato.”
cachorros (Foto: Déborah F. Laurino/ Arquivo Pessoal)Familiares não têm condições de abrigar
animais (Foto: Déborah F. Laurino/Arquivo Pessoal)
A sobrinha, bancária de 26 anos, disse que por conta do incêndio a casa ficou sem água e não há mais ninguém no local para cuidar dos animais. Além disso, segundo ela, eles estão assustados com a situação.
Apesar de serem vira-latas que foram retirados da rua, a bancária garantiu que todos estão com as vacinas em dia. “O único que não é castrado é o Paco”, disse, referindo-se a um labrador de tamanho médio. Seis vira-latas e uma Cocker fazem parte do grupo.
De acordo com Déborah, duas cachorras estão com câncer e precisam de cuidados especiais - uma delas estava internada em uma clínica veterinária. Uma terceira, chamada de Nina, não tem uma das patas traseiras, mas, segundo a bancária, consegue se locomover com facilidade. "Ela não exije cuidados especiais por isso", garantiiu.
A bancária disse que os familiares não têm condições de abrigar os cães. "Todos nós moramos em apartamentos e eu mesma já tenho duas. Não dá para trazer mais para cá", disse Déborah. "Se alguém doar só um espaço para eles ficarem provisoriamente, a gente banca toda a comida, os gastos. Só não temos lugar para deixá-los."
Os interessados em adotar algum dos cachorros podem entrar em contato com a bancária pelo e-mail redbee@uol.com.br.
Crime
O casal foi morto na noite do dia 29 de março dentro da casa em que vivia, em um condomínio fechado em Barueri. Após o crime, a residência foi incendiada. Segundo a Polícia Civil, a ação foi motivada por vingança, pelo fim da parceria entre sócios.
De acordo com o delegado seccional Albano David Fernandes, cinco pessoas foram detidas e confessaram que invadiram da casa, roubaram pertences das vítimas, participaram dos assassinatos e incendiaram a residência. Apesar disso, a única mulher detida negou qualquer envolvimento nos crimes quando foi questionada pelo G1 na delegacia central de Jandira. Os outros presos não quiseram falar com a imprensa.
Segundo a sobrinha do casal, a dona do terreno - que era alugado - deverá chegar a São Paulo neste fim de semana. O objetivo dela poderá ser reaver a propriedade. "Ela deve vir para cá para encerrar o contrato. Acho que ela ainda nem viu o estado que ficou", disse Déborah. "Se isso acontecer, aí não vamos ter mesmo lugar para deixar os cachorros. Precisamos de ajuda."

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