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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Shoppings monitoram 'rolês' nas redes sociais e reforçam segurança


Centros comerciais vigiam encontros na web e contratam mais segurança.
No último sábado, reunião de jovens teve roubo e prisão em Guarulhos.

Do G1 São Paulo
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Depois de registrarem roubos, furtos e tumultos neste mês durante as reuniões de jovens marcadas pela internet em shoppings centers da capital e da Grande São Paulo, os centros comerciais decidiram monitorar as redes sociais na web e reforçar a segurança contra possíveis transtornos.
Os “rolezinhos”, como são chamados esses encontros que reúnem adolescentes fãs de funk, estão obrigando os responsáveis pelos empreendimentos a contratarem segurança particular e pedirem ajuda a Polícia Militar. A informação foi dada nesta terça-feira (17) pelo Bom Dia Brasil.
Nos dias 7 e 14 de dezembro, dois “rolês” causaram confusão, respectivamente, nos Shopping Metrô Itaquera, na Zona Leste da capital, e no Internacional Shopping de Guarulhos, na região metropolitana. Nos dois locais, lojistas abaixaram as portas e consumidores se assustaram.
“Eu vi muitos jovens se acumulando, um grupo muito jovem, eles não estavam em fila, não estavam comprando nada, até falei para a mãe do meu filho, tem alguma coisa muito estranha”, disse um cliente do Shopping Internacional Guarulhos sobre o que ocorreu no último sábado. Ele disse que ficou com medo e aceitou falar com a reportagem sem se identificar.
Avisada com antecedência do encontro, a Polícia Militar foi ao local e prendeu 23 pessoas, inclusive um dos organizadores do evento, um funkeiro. Ele e os demais foram detidos por suspeita de furto e incitação ao crime. Após ser liberado, o ogranizador postou nas redes sociais que os convidados só queriam se divertir.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que pela internet identificou três responsáveis pela convocação e também sabia do horário do encontro do dia 14. De acordo com a corporação, quando o grupo de jovens se reuniu dentro do Internacional Shopping Guarulhos começaram os furtos.
No sábado retrasado, 6 mil jovens confirmaram presença na internet no primeiro “rolezinho” que o ocorreu no Shopping Metrô Itaquera. Lá também teve tumulto. A PM informou que uma loja foi saqueada e pessoas foram roubadas.
Os shoppins passaram a acompanhar as trocas de mensagens no Facebook após esse primeiro encontro, do dia 7. Os estabelecimentos comerciais que eram citados pelos organizadores contrataram mais seguranças no fim de semana e pediram ajuda da PM.
Lojista
“Como nós tivemos um mau exemplo há 10 dias atrás, então houve essa prevenção da polícia de uma forma ostensiva na frente desse empreendimento para dar tranquilidade para população”, disse Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping.

Outros dois encontros em shoppings de São Paulo já estão marcados pela internet para acontecerem nos próximos fins de semana.
Especialista
Para o professor de antropologia da USP, Heitor Frúgoli Júnior, esses jovens estão atrás de espaços onde possam se divertir. Só que no caso dos "rolês", eles estão testando os limites de um lugar onde só o acesso é público.
“Se essa ocupação do espaço público já cria tensões, por exemplo, quando os jovens ocupam as ruas para fazer bailes isso já é suficientemente tenso, imagino que shoppings centers devem ampliar na medida em que se trata de um espaço privado de acesso público e que à medida em que é apropriado acaba criando todo esse conflito que a gente tá assistindo”, disse Heitor Frúgoli Júnior.

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