Paralisação do Metrô foi encerrada na tarde desta quarta.
Sindicatos e empresas firmaram acordo na Justiça do Trabalho.
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Após uma manhã de transtornos na quarta-feira (23), o movimento era considerado normal nas estações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) por volta das 6h30 desta quinta (24), como mostrou o Bom Dia São Paulo. A greve foi encerrada nesta quarta após acordo dos sindicatos dos metroviários e de funcionários das Linhas 11-Coral e 12-Safira, da CPTM.
Nesta manhã, uma falha de tração em um trem fez com que ele ficasse parado durante um minuto no sentido Corinthians-Itaquera da Linha 3-Vermelha do Metrô, entre as estações Pedro II e Brás. O trem precisou ser esvaziado na Estação Belém, e foi encaminhado para um pátio de manutenção. O problema ocorreu às 8h37, e segundo o Metrô, às 8h45 a situação estava normalizada na via.
Acordo
A CPTM decidiu dar um reajuste salarial de 6,63% aos quatro sindicatos de ferroviários. O valor é inferior ao que alguns dos sindicatos pediam, até 10%, mas maior do que a CPTM estava disposta a dar inicialmente: 6,17%. Foi o reajuste acertado no início da tarde para os funcionários do Metrô que serviu como ferramenta para os ferroviários pressionarem o governo estadual.
A CPTM decidiu dar um reajuste salarial de 6,63% aos quatro sindicatos de ferroviários. O valor é inferior ao que alguns dos sindicatos pediam, até 10%, mas maior do que a CPTM estava disposta a dar inicialmente: 6,17%. Foi o reajuste acertado no início da tarde para os funcionários do Metrô que serviu como ferramenta para os ferroviários pressionarem o governo estadual.
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Apesar de o Metrô não confirmar oficialmente, o reajuste de 6,17% dos metroviários tinha em seu componente 1,94% de aumento real, segundo os sindicatos. Eles pediram, então, que o mesmo fosse dado aos ferroviários, chegando ao valor de 6,63%. O restante é o reajuste pela inflação. As duas categorias, porém, têm data-base diferente, por isso a diferença no valor final.
Além desse aumento, a CPTM concedeu reajuste no tíquete-refeição de R$ 18 para R$ 20 e um valor mínimo de R$ 3 mil de participação em resultados. O plano de carreira pretendido pelos ferroviários ainda não foi concedido e uma comissão entre integrantes da CPTM e do sindicato foi formada para estudar o tema.
Para o sindicalista Leonildo Canabrava, a paralisação de metrô e trens no mesmo dia “colaborou para ambos”. Também faz parte do acordo que a CPTM não irá pagar 50% referente às horas que os trabalhadores do Sindicato Central do Brasil deixaram de trabalhar.
Os sindicatos dos trabalhadores que operam as linhas 11, 12, 8 e 9 afirmam que continuam em estado de greve até o dia 28 de maio, quando será realizada uma nova assembleia. Já os sindicatos que operam as linhas 7 e 10, que concordaram com a proposta da CPTM no TRT, levariam o acordo para discussão em assembleia nesta noite.
Metrô
Durante a tarde desta quarta, os metroviários decidiram em assembleia aceitar também o acordo com o Metrô e retornar ao trabalho. Eles paralisaram as atividades à meia-noite e interromperam a circulação de trens em trechos de três linhas da companhia. O acordo entre representantes do governo e do Sindicato dos Metroviários foi fechado em reunião também realizada na Justiça do Trabalho.
Durante a tarde desta quarta, os metroviários decidiram em assembleia aceitar também o acordo com o Metrô e retornar ao trabalho. Eles paralisaram as atividades à meia-noite e interromperam a circulação de trens em trechos de três linhas da companhia. O acordo entre representantes do governo e do Sindicato dos Metroviários foi fechado em reunião também realizada na Justiça do Trabalho.
Na reunião entre o Metrô e o sindicato, o principal ponto definido foi o reajuste salarial de 6,17%. A companhia não informa quanto do índice é composto de reajuste de inflação e quanto é aumento salarial real. Os envolvidos no impasse participaram de audiência de conciliação no TRT, na região da Rua Consolação, em São Paulo. A reunião foi mediada pela desembargadora e vice-presidente do tribunal, Anélia Li Chum. O encontro começou por volta das 12h15 e terminou pouco depois das 13h30.
Inicialmente, o Sindicato dos Metroviários chegou a pedir reajuste salarial de 5,39%, com aumento real de 14,99%. O acordo obtido foi "o possível", disse ao final da audiência o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior. "Satisfeito eu não estou, mas foi o possível. O reajuste está aquém, mas temos muita preocupação com a sociedade", afirmou ele.
Antes da votação dos metroviários, ocorrida na sede do sindicato, na Zona Leste de São Paulo, o presidente da entidade defendeu o fim da greve. "Essa proposta não é a ideal, é uma importante conquista, mas não é uma vitória. Minha proposta é aprovar o acordo e levantar o moral da categoria para que a gente consiga avançar", disse Altino.
Nota da secretariaVeja abaixo íntegra da nota da Secretaria de Transportes Metropolitanos sobre o fim da greve:
"Fim da greve no Metrô de São Paulo
É com satisfação que a população de São Paulo e o Metrô recebem a notícia do final da greve nociva e inútil iniciada ontem pelo Sindicato dos Metroviários e encerrada na tarde de hoje. Inoportuna, a paralisação criou dificuldades cruéis a milhões de trabalhadores da maior cidade do país. Criou também custo à eficiente classe dos metroviários, já que, se tivesse aceito a proposta feita ontem pela juíza, o sindicato poderia até ter obtido benefícios mais favoráveis sem o prejuízo à população.
Com isso, volta ao normal ainda esta tarde a circulação dos trens das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha. A circulação dos trens da linha 5-Lilás já estava normal.
A greve completamente sem sentido foi deflagrada antes do fim das negociações, com o claro objetivo de prejudicar a população dentro de uma agenda político-eleitoral. Pelo acordo celebrado na tarde desta quarta-feira (23/05) no TRT, será oferecido reajuste salarial de 6,17%, que é a soma da reposição integral da inflação mais aumento real de 1,96%. Também ficou acertado aumento do vale-refeição de R$ 19,87 para R$ 23,00; aumento do vale-alimentação de R$ 150,00 para R$ 218,00; e aumento do “Adicional de Risco de Vida” (dos agentes de segurança e estação) de 10% para 15%.
Ao contrário do que o sindicato tenta confundir a opinião pública, o Metrô hoje já pratica salários compatíveis com o mercado, além de propiciar amplo leque de benefícios aos seus empregados."
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