Mais de 100 pessoas foram atendidas em hospitais após batida na Linha 3.
Segundo a companhia, falha em sistema de automação pode ser causa.
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O Ministério Público de São Pauloinformou que vai investigar o acidente envolvendo dois trens que deixou passageiros feridos na manhã desta quarta-feira (16) na Linha 3-Vermelha do Metrô. A colisão aconteceu nas proximidades da Estação Carrão. A Promotoria de Justiça do Consumidor deu um prazo de 15 dias para o Metrô explicar por escrito as causas da batida, e um promotor foi designado para acompanhar a investigação policial do caso.
Entre os feridos no acidente, 33 pessoas foram socorrridas pelos bombeiros e outras 16 atendidas pelo Samu. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que 103 pessoas passaram por atendimento em hospitais municipais. Segundo a pasta, nenhum caso foi grave e todas as pessoas já tiveram alta. A Secretaria de Estado da Saúde informou que foram atendidas três pessoas em hospitais estaduais.
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Em entrevista à TV Globo, o presidente do Metrô, Peter Walker, disse que a principal suspeita é de que tenha ocorrido uma falha no sistema de automação. A placa defeituosa foi retirada e será analisada pelo próprio fabricante, uma empresa francesa
O secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Paulo Pasin disse que o maquinista do trem que colidiu com outra composição do Metrô, nesta quarta-feira (16), freou para evitar uma batida maior. O condutor disse à polícia que o trem estava no automático. Quando viu outra composição na via, ele acionou o freio de emergência. Se houvesse uma distância, maior a colisão não teria acontecido.
O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, esteve no local do acidente e disse não ter certeza se o trem estava no modo manual ou automático. Ele lembrou que a velocidade máxima no trecho é de 80 km/h. “Ele [o maquinista] deve ter visto, tanto é que deve ter freado”, afirmou. O trem que colidiu trafegava em uma velocidade entre 9 e 12 km/h, de acordo com Jurandir.
Segundo o secretário, o maquinista trabalha na CPTM desde 2008. Começou como operador assistente e é efetivo desde janeiro de 2011. "Antes de achar o culpado, a gente quer saber por que aconteceu", disse Fernandes.
Modo automático
O diretor do sindicato disse que esteve com o operador nesta quarta e que ele frisou que o trem estava no modo automático. Segundo o secretário-geral, os trens só operam no manual se houver algum problema ou o metrô receber código zero, o equivalente a zero de velocidade ou parado. Os códigos são enviados automaticamente para o trem, e cada um significa a velocidade que a composição vai atingir naquele instante.
"O operador descreveu que estava no trem, no modo automático, com código 44 [44 km/h], quando começou a se aproximar de outro metrô. Ele imaginou que receberia código zero [parado] e que o trem iria parar, mas o trem acelerou de repente. Chegou um código maior", afirma Pasin. "Ele freou para não colidir com mais força no outro trem."
O secretário-geral ressalta que o operador esteve no Centro de Controle do Metrô para prestar esclarecimentos, procedimento comum em uma ocorrência como essa. "Ele saiu, depois foi acompanhar a realização do boletim de ocorrência", disse Pasin. O maquinista também passou em um hospital por ter ficado levemente ferido, segundo o sindicato.
Modo automático
O diretor do sindicato disse que esteve com o operador nesta quarta e que ele frisou que o trem estava no modo automático. Segundo o secretário-geral, os trens só operam no manual se houver algum problema ou o metrô receber código zero, o equivalente a zero de velocidade ou parado. Os códigos são enviados automaticamente para o trem, e cada um significa a velocidade que a composição vai atingir naquele instante.
"O operador descreveu que estava no trem, no modo automático, com código 44 [44 km/h], quando começou a se aproximar de outro metrô. Ele imaginou que receberia código zero [parado] e que o trem iria parar, mas o trem acelerou de repente. Chegou um código maior", afirma Pasin. "Ele freou para não colidir com mais força no outro trem."
O secretário-geral ressalta que o operador esteve no Centro de Controle do Metrô para prestar esclarecimentos, procedimento comum em uma ocorrência como essa. "Ele saiu, depois foi acompanhar a realização do boletim de ocorrência", disse Pasin. O maquinista também passou em um hospital por ter ficado levemente ferido, segundo o sindicato.
Modo manual
Para entrar em modo manual, o operador precisa pedir autorização do Centro de Controle, diz Pasin. Ele ressalta que este modo não é o usual no Metrô e que a velocidade sempre é limitada no manual. Em operação no modo automático, a principal função do condutor é fiscalizar o funcionamento dos sistemas e agir em casos de emergência.
Para entrar em modo manual, o operador precisa pedir autorização do Centro de Controle, diz Pasin. Ele ressalta que este modo não é o usual no Metrô e que a velocidade sempre é limitada no manual. Em operação no modo automático, a principal função do condutor é fiscalizar o funcionamento dos sistemas e agir em casos de emergência.
Os trens voltaram a circular em toda a Linha 3-Vermelha pouco antes das 14h30, segundo a assessoria do Metrô. Às 13h15, os trens envolvidos no incidente foram levados para o pátio do Metrô na Estação Penha, onde há uma oficina. O trecho passou por perícia e foi liberado para circulação.
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