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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Após cortes, Senado recontrata 65 terceirizados para áreas 'desprovidas'


Contenção de gastos levou ao corte de 512 terceirizados em fevereiro.
Mas administração da Casa 'reavaliou' e readmitiu contínuos e copeiro.

Priscilla MendesDo G1, em Brasília
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A administração do Senado Federal decidiu readmitir em outubro 65 funcionários terceirizados após ter cortado 512 em fevereiro da folha de pagamento. O contingente de recontratados, formado por contínuos e copeiros, é necessário para atender a áreas que, após as demissões, ficaram “desprovidas”, segundo informou assessoria da Casa.
A readmissão foi feita por meio de um termo aditivo ao contrato de mão-de-obra firmado com a empresa Planalto Service. O termo, assinado em 18 de outubro pelo diretor-geral do Senado, Antônio Helder Medeiros Rebouças, determina o acréscimo de 43 contínuos e um copeiro, ambos com salário de R$ 3.669,01, e de 21 contínuos especiais, que receberão R$ 5.181,34.
O aditivo foi assinado oito meses após o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) ter anunciado uma série de medidas para contenção de custos, entre as quais o corte de 512 terceirizados. Desde então, porém, a administração da Casa “reavaliou parte das demissões” e concluiu que “algumas áreas ficaram desprovidas”, segundo informou assessoria.
Os readmitidos pertenciam ao quadro da empresa Servegel, cujo contrato foi encerrado. Para que pudessem retornar ao trabalho, esses funcionários foram incluídos na folha da Planalto Service em forma de termo aditivo, o 11º desde que o contrato foi assinado, em 2010.
O contrato com a Planalto Service, com vigência até agosto de 2014, tem 614 funcionários, entre auxiliares de serviços gerais, cozinheiras, garçons e lavadeiras. O custo mensal é de R$ 3,2 milhões, já incluindo as 65 recontratações, que isoladamente custarão R$ 270,2 mil.
Segundo o Senado, não há irregularidade na recontratação do pessoal. “O fato de um contratado ter trabalhado em empresa que prestou serviço ao Senado não constitui impedimento para nova contratação em outra empresa licitada, desde que observadas as vedações legais”, informou assessoria em nota.
As novas práticas de gestão adotadas em fevereiro, de acordo com o Senado, permitiram “racionalização dos custos de terceirização” e proporcionaram, até setembro, economia de R$ 4,2 milhões. A economia global prevista com a iniciativa deve chegar a R$ 59,2 milhões em dois anos, informou a assessoria.

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