Recém-nascida foi deixada por mãe neste domingo, em casa de Campinas.
Ela se arrependeu e voltou ao local para resgatar bebê que nasceu sábado.
61 comentários
'Quando comecei a descer a escada de casa para pegar [a sacola], achei que eram gatinhos. Nunca imaginava encontrar uma criança'. Em tom de alívio, a dentista Fernanda de Andrade conta sobre a recém-nascida que foi encontrada pela cachorra dela abandonada no portão da casa da família no distrito de Sousas, em Campinas (SP), na madrugada deste domingo (17). A mãe do bebê, que nasceu no sábado e ainda estava com cordão umbilical, se arrependeu e voltou ao local para recuperar a menina.
"A minha mãe acordou primeiro com o barulho da campainha, às 3h30. Depois, a cachorrinha não parava de latir, ficava na frente de casa correndo de um lado para o outro, inquieta, tentando resgatar o pacote que estava do lado de fora", lembrou Fernanda. Ela acionou a Polícia Militar e, durante o registro da ocorrência, a mãe da menina retornou à casa. "Ela estava bem emocionada mesmo, demonstrando muita aflição, tanto pelo que ela tinha feito, como pelo estresse. Para ela retornar aqui, ela conversou com os policiais, havia duas viaturas paradas aqui na frente", explicou a dentista.
"A minha mãe acordou primeiro com o barulho da campainha, às 3h30. Depois, a cachorrinha não parava de latir, ficava na frente de casa correndo de um lado para o outro, inquieta, tentando resgatar o pacote que estava do lado de fora", lembrou Fernanda. Ela acionou a Polícia Militar e, durante o registro da ocorrência, a mãe da menina retornou à casa. "Ela estava bem emocionada mesmo, demonstrando muita aflição, tanto pelo que ela tinha feito, como pelo estresse. Para ela retornar aqui, ela conversou com os policiais, havia duas viaturas paradas aqui na frente", explicou a dentista.
Segundo a 2ª Companhia do 8º Batalhão da PM, a mãe da criança, uma cuidadora de idosos de 23 anos, alegou que estava desesperada e pensou em deixá-la para adoção por não ter condições financeiras, já que mora sozinha e também precisa cuidar de uma criança de 1 ano e 6 meses. "Ela chegou tremendo, dizendo que fez uma loucura, querendo saber se a filha dela estava bem. Muito arrependida, abraçava, chorava, tentou amamentar a filha. Aparentava estar desesperada", disse a irmã de Fernanda, a pedagoga Débora de Andrade Palermo.
Mãe e filha foram socorridas ao Hospital da Mulher (Caism) da Unicamp. A assessoria da unidade médica não foi encontrada para comentar o estado de saúde delas até a publicação.
Tranquilidade
"Ela [menina] foi a única que permaneceu tranquila o tempo inteiro. Ela não chorou nenhuma vez, ficou no meu colo, no da minha irmã, depois com a mãe dela. Isso dá um conforto muito grande, pensar que ela não chegou a sofrer", ressaltou Fernanda sobre a recém-nascida. Ela disse ainda que a cachorra tentou alertar ela e os demais parentes durante pelo menos dez minutos sobre a sacola.
"Ela [menina] foi a única que permaneceu tranquila o tempo inteiro. Ela não chorou nenhuma vez, ficou no meu colo, no da minha irmã, depois com a mãe dela. Isso dá um conforto muito grande, pensar que ela não chegou a sofrer", ressaltou Fernanda sobre a recém-nascida. Ela disse ainda que a cachorra tentou alertar ela e os demais parentes durante pelo menos dez minutos sobre a sacola.
saiba mais
"É uma sensação indescritível. Aquela criaturinha chorando e, na hora em que você tira a sacola do chão frio, para o choro. Sensação de aconchego, mesmo dentro da sacola. Isso foi emocionante", frisou.
Segundo a PM, o caso foi registrado como abandono de incapaz no 1º Distrito Policial, na região central, pelo delegado Thiago Reis. Procurado pelo G1, ele disse que o caso será investigado e não revelou detalhes sobre a ocorrência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário