Total de visualizações de página

sábado, 28 de maio de 2011

Japão registra inflação pela primeira vez em mais de 2 anos


Sérgio Minato

Bom com uma notícia destas o que pensar? Inflação é boa, em que o Japão é diferente do Brasil? Posso citar algumas coisas, pois já estive lá. Uma delas é sem dúvida a educação, todos funcionários tem um mínimo de estudo, praticamente não existem analfabetos ou analfabetos funcionais(exceto os bem idosos vindos de épocas da guerra ou logo pós guerra), todos os funcionários de curso superior devem antes de assumir cargos em escritórios, passar por setores "inferiores", sejam linhas de montagem e operadores de maquinas. Isso para se conscientizrem de quão e duro a vida de operário e aprenderem também a serem humildes com relação aos subalternos. Na verdade a educação japonesa é desde berço assim, a individualidade, pois desde crianças(5 ou 6 anos) elas devem saber ir a escola sozinhas, nada de pais levarem como nós aqui. Lá não é difícil ver jovens saindo de casa logo depois da maioridade ou antes disso, já presenciei jovens que sequer tiveram uma festa de aniversário, pois nós brasileiros que trabalhavamos junto a um jovem japonês fizemos uma pequena festa e ele disse que em seus 20 anos jamais teve uma festa de aniversário, coisa que para nós é corriqueira lá não é, onde não se comemora Natal. Costume de um povo que se reergueu da II grande guerra, se ergue a cada grande terremoto ou tsunami. E não fica enrolando vão lá e resolvem, reconstruíram estradas em menos de 2 senamas "provisóriamente"(diga se de passagem melhor que muitas obras no Brasil). Lá as prefeituras quando tem sobra de caixa, fazem obras até quando as coisas ainda não estão tão ruins, porque lá se devolve as sobras de verbas. E por sobrar no próximo ano vem um valor menor, ouvi de moradores que reclamavam do transtorno da obra que não seria tão necessária. Lá quase não existe ruas sem asfalto, buracos nas ruas nunca vi, é sério não tem pois eles recepeam ou então fresam uma parte e asfaltam de novo, não dá tempo de ficar com buraco. E já andei por todo Japão de carro seja em capitais, interior, seja em areas centrais e periferias(mesmo), nada de sujeira, buracos ou qualquer coisa do gênero.
Bom uma coisa que não vi nas ruas eram garis, se alguém ver me avisa(só acredito se for filmado), pois não sei se em algum lugar tem, o povo é educadíssimo nesse ponto, olha que lá não tem llixeiras em todo lugar como no Brasil(por causa dos ataques com gás sarim  e antraz) só enfrente as lojas de conveniência, mercados ou shopping. Lá não se estaciona em fila dupla, aliás nem se estaciona na rua não pode, só em garagens e pior você só compra um carro se tiver uma declaração de aluguel de vaga em estacionamento. As casas em muitos lugares não tem vaga de garagem, exitem terrenos particulares só pra isso, e não se paga pouco e de brinde ganhamos nosso nome numa plaquinha na nossa vaga....
Pensemos nisso se todos nossos garis trabalhassem em obras de melhorias de nossas cidades?
Tóquio, 27 mai (EFE).- O índice de preços ao consumidor (IPC) japonês subiu 0,6% em abril com relação ao mesmo mês do ano anterior, o primeiro aumento em dois anos e quatro meses, segundo dados publicados pelo governo nesta sexta-feira (27).
O indicador, que exclui os alimentos frescos devido a sua excessiva variação de preços, chegou a 99,8 pontos com relação à base de 100 estabelecida em 2005, segundo dados preliminares do Ministério do Interior e Comunicações.

O resultado vai ao encontro das previsões dos analistas consultados pela agência "Kyodo".

Está é a primeira alta de preços em 28 meses no Japão, um país cujo governo reconheceu em várias oportunidades que a persistente deflação é uma das grandes ameaças para sua economia.

O ministro da Economia japonês, Kaoru Yosano, ressaltou que os dados de abril não indicam que o país tenha saído da situação preocupante com relação à deflação, já que não há nada apontando para a manutenção da inflação nos próximos meses.

Em entrevista coletiva divulgada pela emissora pública "NHK", Yosano insistiu que o aumento de preços em abril não significa uma mudança no panorama econômico geral do país.

A alta do IPC no mês passado se deveu em boa parte ao aumento dos preços da energia, especialmente os da gasolina e da eletricidade, que subiram, respectivamente, 13,2% e 26,1% na comparação com o ano anterior.

Alguns analistas apontaram que o aumento dos preços pode ter influência negativa na demanda interna japonesa, já afetada pelo terremoto e o tsunami de 11 de março, que fizeram com que a economia japonesa entrasse em recessão novamente.

Em Tóquio, onde a análise dos preços corresponde ao mês de maio, o IPC subiu 0,1% na comparação com março, até os 99 pontos, contra os prognósticos que situavam a alta em 0,2%.

Os preços na região metropolitana da capital são considerados um indicador avançado da evolução do IPC em todo o território japonês.


ENTENDA POR QUE A ALTA DOS PREÇOS É BOA NO JAPÃO E RUIM NO BRASIL

Uma economia aquecida em geral é bom para todos: há mais vendas para os empresários e mais empregos para os trabalhadores.

No entanto, se há muita procura de produtos, eles podem ficar escassos e passarem a custar mais caro, causando inflação.

O oposto também pode ser ruim. Uma economia em recessão faz com que as pessoas comprem menos e, com isso, os preços caem na tentativa de estimular o consumo.

É isso que tem acontecido no Japão nos últimos anos, por isso, essa inflação registrada agora é vista com bons olhos. Já no Brasil, a situação é a oposta, onde a inflação tem preocupado o governo.





Nenhum comentário:

Postar um comentário