O desgoverno reflete em vários setores da economia nacional. E não é por acaso que se vê a baderna nos aeroportos, onde as empresas de aviação fazem o que bem entendem e a Agência Nacional de Aviação Civil, que deveria “socorrer” os passageiros, simplesmente faz vistas grossas; as empresas de telecomunicações são campeãs de reclamações nos Procons e também continuam ilesas, sem que a Anatel faça alguma coisa em defesa dos consumidores. Agora, os brasileiros enfrentam mais um sério problema: os preços dos combustíveis que dispararam nos últimos meses, sem que qualquer providência seja tomada pelo governo de Dilma Rousseff. É bom lembrar que a empresa controladora dos combustíveis no País é uma estatal, a Petrobras, que em vez de atuar como órgão regulador, já cogita inclusive aumentar os preços dos derivados de petróleo com base na crise internacional por causa de conflitos no Oriente Médio. Absurdamente, o preço do etanol disparou e atingiu cifras extorsivas, obrigando os donos de veículos flex optarem por abastecer com gasolina, que já tinha preço elevado. Mas nem assim o preço do etanol baixou. Nem mesmo com o início da safra da cana-de-açúcar. Muito pelo contrário: fez aumentar o preço da gasolina, que em muitas cidades hoje já ultrapassa dos R$ 3,00. Mesmo assim, a Petrobras, principal distribuidora de combustíveis no País, garante que continua com preços de 2.009 na base. Então como é que se explica o aumento? As distribuidoras jogam a culpa na Petrobras e os donos de postos acusam as distribuidoras de aumentarem os preços. Um jogo de empurra sem fim, sem qualquer interferência do governo, que assiste a tudo com ouvidos de mercador, enquanto o consumidor vem sendo extorquido abertamente. O pior de tudo é que em algumas regiões do Brasil já falta combustível, tanto o etanol como a gasolina. Seria mais uma forma encontrada pela Petrobras e distribuidoras para pressionar o aumento de preços. É tudo muito estranho, mesmo porque a Petrobras vem anunciando recordes na produção do petróleo com novos poços encontrado no litoral. Mesmo assim, o presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, afirmou que foi preciso importar mais de um milhão de barris de petróleo para atender a demanda interna. A história está mal contada, já que o Brasil exporta gasolina para o Paraguai, onde é vendida a preço de banana. É mais um sinal do desgoverno e da falta de controle que permitem a baderna e o caos em vários setores da economia nacional. Quem paga a conta, como sempre, são os consumidores, já bastante castigados pela violenta carga tributária, uma das maiores do mundo. Vai de mal a pior! - Algumas perguntas ficam no ar: Por que importou o combustível, não tinha estoque? Estava com medo de que faltasse gasolina nos postos? É para ajudar a Venezuela? Como o Brasil não tem uma política nem preços relativos entre os combustíveis, fica sempre essa ciclotomia: uma hora é GNV, depois álcool e outra hora, gasolina. Não há garantias para o produtor nem para o consumidor - diz Pires. Segundo ele, as políticas desenvolvidas para o setor são de curto prazo, feitas "à luz dos acontecimentos". - Não tem começo, meio e fim. Agora, por exemplo, houve a redução da Cide (tributo que incide sobre os combustíveis) para tentar conter os preços. A Petrobras controla tudo, falta uma política de combustível - defende o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Somando a redução da alíquota ao fato de que a gasolina da Venezuela é mais barata, porque o preço no mercado internacional está mais competitivo, o valor do combustível não pode subir, de acordo com o especialista. - Não tem sentido, deveria até diminuir, porque estão importando um produto mais barato. A demanda de gasolina deve continuar forte, considerando-se que em fevereiro foi reduzido o percentual do álcool adicionado ao combustível de 25% para 20%. O governo resolveu tomar essa medida para forçar uma redução nos preços do etanol. (http://www.jornaldamanhamarilia.com.br/noticia/7920/Fora-de-controle/) Bom a última alta da gasolina era porque o etanol esta muito caro...mas então baixasse a mistura de etanol, mas não depois que subiu o preço o governo baixou a mistura de 20 a 25% para 18 a 25%, pergunta vai baixar agora? Cadê os estoques reguladores? RIO E BRASÍLIA - O governo lançou hoje a primeira medida para evitar que no próximo ano a alta do preço do etanol se repita nas mesmas proporções deste ano. A presidente Dilma Rousseff editou Medida Provisória que aumenta em dois pontos porcentuais a margem da mistura de etanol anidro na gasolina. Até então, a margem variava entre 20% e 25% e agora passa a variar entre 18% e 25%. (http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,mistura-de-etanol-a-gasolina-podera-ser-reduzida-a-18,64744,0.htm). Agora se estuda baixar a CIDE, mas o que é isso? CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível. (Cide - Combustíveis - Importação) - Lei 10.336/01 |
Pergunta, nós não somos autosufientes de petróelo e por consequência derivados?
Agora importar gasolina para Argentina e Paraguai baratinho pode? Só para equibrar a balança, para dizer que nós exportamos mais que importamos? A que custo? Dando produtos a preço de banana?
Da mesma forma que vendemos toneladas de soja em grão, e porquê não oleo de soja e derivados com maior valor agregado. Ou então minério de ferro e outros minérios, pra quê para depois comprar carros ou maquinas com altíssimo valor agregado? Dá-se um navio de minério por quantos carrinhos?
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