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sábado, 18 de agosto de 2012

Campanha para atualizar vacinação infantil começa neste sábado



Crianças menores de 5 anos devem ir aos postos de vacinação.
Ministério da Saúde vai conferir se vacinas estão em dia e fornecer doses.

Do G1, em São Paulo
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Começa neste sábado (18) uma campanha do Ministério da Saúde para vacinar crianças que por algum motivo perderam alguma das imunizações previstas para os menores de cinco anos. Até a próxima sexta (24), 34 mil postos de vacinação em todo o país ficarão abertos, voltados para a ação.
Durante o período, todos os menores de cinco anos devem ser levados a um posto para verificar se estão com as vacinas em dia. Caso a criança esteja com alguma dose atrasada, os postos têm estoque de todas as vacinas necessárias para fazer a atualização.
O Ministério da Saúde repassou R$ 18,6 milhões para fundos estaduais e municipais na campanha, que envolverá 350 mil profissionais. O país tem 14,1 milhões de crianças na faixa etária visada pela iniciativa.
A campanha já vai contar com as duas vacinas que o Ministério incluiu na lista nesta semana. A pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, e meningite e outras doenças bacterianas) estava até então disponível em duas vacinas separadas, divididas em tetravalente e hepatite B. A outra novidade é a vacina inativada contra poliomielite (VIP), que não conterá mais o vírus "vivo" e passará a ser aplicada por meio de injeção.
IdadeVacinaDose
Ao nascer- BCG (tuberculose)
- Hepatite B
Única
2 mesesPentavalente
- Poliomielite injetável
- Rotavírus
- Pneumocócica 10
Primeira
3 meses- Meningocócica CPrimeira
4 meses- Pentavalente
- Poliomielite injetável
- Rotavírus
- Pneumocócica 10
Segunda
5 meses- Meningocócica CSegunda
6 mesesPentavalente
- Poliomielite oral
- Pneumocócica 10
Terceira
6 meses a menores de 2 anos- Influenza (gripe)Anual
9 meses- Febre amarelaInicial
12 meses- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
- Pneumocócica 10
Primeira
Reforço
15 meses- Tríplice bacteriana (difteria, coqueluche e tétano)
- Poliomielite oral
- Meningocócica C
Reforço
 
4 anos- Tríplice bacteriana (difteria, coqueluche e tétano)
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Reforço
Segunda
Menores de 5 anos- PoliomieliteAtualização da vacina
10 anos- Febre amarela atenuadaUma a cada dez anos
Além delas, o calendário básico inclui as vacinas BCG, hepatite B, vacina oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). A tabela ao lado mostra quando essas vacinas devem ser aplicadas.
Primeiro x segundo semestre
O ministro Alexandre Padilha explicou na última terça que o calendário nacional de vacinação contra a pólio se dividirá em dois, com estratégias diferentes para o primeiro semestre e para o segundo.
Nos primeiros meses do ano, o foco será a vacinação oral contra a pólio. No segundo semestre, em vez de ser aplicada uma segunda gotinha, o governo pretende atualizar o calendário vacinal. A meta será checar se a caderneta das crianças está ou não em dia.
VIP
A Vacina Inativada Poliomielite (VIP) se destinará a bebês de 2 e 4 meses de idade, e as famosas gotinhas serão usadas nos reforços, aos 6 e aos 15 meses. Mesmo quem já tiver se imunizado, mas ainda estiver dentro da faixa até 5 anos, deve comparecer à rede pública acompanhado dos pais ou responsáveis. Durante as campanhas nacionais, serão ministradas apenas as gotinhas.
Uma das vantagens da injeção é que ela acaba com o risco de uma paralisia infantil causada como consequência da dose oral. Esse efeito colateral, porém, é raro: um caso em cada quatro milhões.
A introdução da VIP vem sendo feita em países que já eliminaram a pólio. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que as nações da região continuem aplicando as gotinhas, com o vírus atenuado, até a erradicação mundial da paralisia.
O vírus da poliomielite ainda circula em 25 países. Para se manter livre, o Brasil vai usar simultaneamente as duas vacinas (oral e injetável) e aproveitar as vantagens de cada uma.
Ao todo, foram adquiridas mais de oito milhões de doses e, na primeira remessa, serão enviadas 726 mil para abastecer todo o território.
Dia D ocorrerá neste sábado em todo o estado de São Paulo (Foto: Divulgação/ Ricardo Boni)Vacina contra pólio será em forma de injeção para bebês de 2 e 4 meses e em gotinha para crianças de 6 e 15 meses de idade. Primeiras doses terão vírus atenuado e as demais, ativo (Foto: Divulgação/Ricardo Boni)
Da pentavalente para a heptavalente
Quanto à nova vacina pentavalente, o ministro ressaltou que o benefício é reduzir o número de picadas nos pequenos, que devem tomar uma dose aos 2 meses, a segunda aos 4 meses e a terceira aos 6 meses.
Além disso, por ser fabricada por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan, em São Paulo, e o laboratório Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, a dose deve fortalecer a produção nacional.
O ministro informou que o próximo passo é produzir uma vacina heptavalente, um projeto entre Butantan, Bio-Manguinhos e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Minas Gerais, o que deve levar quatro ou cinco anos.
Vitamina A
Além da campanha nacional de vacinação, com a introdução de duas novas doses no calendário, o Ministério da Saúde anunciou a suplementação nutricional de vitamina A, por via oral, que será feita em crianças entre 6 meses e 5 anos de idade, em 2.434 municípios das regiões Norte, Nordeste e nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri, em Minas Gerais.
A ação faz parte do programa federal Brasil Carinhoso, e a meta é reduzir as mortes e internações por doenças infecciosas. Além disso, a vitamina melhora a visão e o desenvolvimento cognitivo.
A gotinha de vitamina A será aplicada no mesmo período de vacinação, que vai deste sábado até sexta, e deve continuar nos postos de saúde depois. A expectativa é atingir 7,8 milhões de crianças nos municípios que já integram o programa Brasil sem Miséria, onde há uma maior concentração de pobreza.
Nas demais regiões do país, a suplementação será feita no decorrer deste segundo semestre, nas Unidades Básicas de Saúde, e deve atingir 3.034 municípios em todos os estados, incluindo 34 distritos indígenas.

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