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sábado, 1 de junho de 2013

Turista baleado teria feito fotos de criminosos armados na Rocinha


  • Jovem alemão de 25 anos teve lesão no tórax e no fígado e foi levado para o Hospital Miguel Couto, onde passou por cirurgia
GUSTAVO GOULART (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
FABÍOLA LEONI (EMAIL)
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RIO — O turista alemão Frank Daniel Baijaim, de 25 anos, que foi baleado na Rocinha por volta das 12h30m desta sexta-feira, teria feito fotos de bandidos armados naquela região, o que pode ter provocado a reação do criminoso, segundo uma fonte na Polícia. Durante uma visita à favela, ele estava com um amigo quando foi surpreendido por um bandido armado na Rua 2, na localidade conhecida como Roupa Suja. De acordo com informações da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, o turista teria se assustado e foi baleado quando correu após o susto. A bala atingiu o braço, atingiu o tórax e perfurou o fígado. Baijaim foi levado para o Hospital Miguel Couto, onde passou por uma cirurgia. O estado do jovem alemão é grave, segundo informações da Secretaria municipal de Saúde.
Ainda de acordo com a polícia, um outro turista, amigo do ferido, contou que, na manhã desta sexta-feira, os dois estiveram no Cristo Redentor e, depois, decidiram conhecer a Rocinha. Eles estão viajando pela América do Sul e deixariam o Brasil no domingo.
A Polícia Militar ainda não informou as causas do incidente, apenas que está investigando o caso. Já a Polícia Civil informou que agentes vasculham ruas da região em busca da identificação e prisão do autor dos disparos. Uma equipe da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) esteve no Hospital Miguel Couto.
Conforme divulgado pelo GLOBO no último domingo, em matéria sobrea tentativa de o tráfico sobreviver à pacificação em becos, pelo menos uma vez por semana na Rocinha, desde a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em setembro passado na favela, policiais enfrentam bandidos armados em alguma das quatro localidades apontadas como pontos de resistência armada do morro.
Desde a ocupação da comunidade em novembro de 2011, o patrulhamento local enfrentou 48 confrontos com bandidos armados em áreas de difícil acesso, 35 desses ocorridos após a inauguração da UPP, quando o efetivo local chegou a 690 policiais. Os pontos mais problemáticos, onde volta e meia o patrulhamento esbarra com homens armados, são as localidades da Roupa Suja, Macega, o alto da Rua Um e o cruzamento do Terreirão com o Beco 99. Ali, inclusive, um policial foi morto durante o patrulhamento noturno. Desde a pacificação, seis traficantes morreram em confrontos com a polícia e outros 121 foram presos.
— A dificuldade de acesso é um dos fatores que proporciona vantagem para quem já está no terreno. Foi algo que contribuiu inclusive para o estabelecimento do crime nessas regiões. Nós temos morros nas zonas Sul, Norte e no Centro da cidade que são verdadeiros labirintos. A criação de acessos e melhorias no trânsito garantem a chegada de serviços, mais qualidade de vida para os moradores e segurança. Um exemplo disso é a Mangueira, onde hoje podemos alcançar rapidamente a parte mais alta da comunidade — lembrou o coronel da PM Paulo Henrique de Moraes, coordenador geral de Polícia Pacificadora.


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