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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Centro do Rio amanhece com rastro de depredação após manifestação


Grupo radical começou a destruição na sede prefeitura.
Polícia precisou agir com bombas de efeito moral para conter o tumulto.

Do G1 Rio
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O Centro do Rio amanheceu com rastros de destruição, nesta sexta-feira (21), após a manifestação que reuniu mais de 300 mil pessoas na Avenida Presidente Vargas, na noite desta quinta-feira (20). O clima, que era de alegria pela conquista da redução da passagem de ônibus de R$ 2,95 para R$ 2,75, foi tomado por conflitos e destruição, quando um grupo mais radical se aproximou da sede da Prefeitura, na Cidade Nova.
O Prefeito Eduardo Paes anunciou na quarta-feira (18) a diminuição da tarifa, e novas pautas de reivindicações eram anunciadas através dos gritos durante o movimento. Ao longo do percurso, os manifestantes eram acompanhados por funcionários e moradores dos altos dos prédios, que por muitas vezes, cantavam o hino brasileiro.
Com faixas e cartazes, as reivindicações pediam por maior orçamento na saúde e educação, a votação da PEC 37, além de críticas ao projeto de lei aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, conhecido como “cura gay”, pelo qual psicólogos podem propor tratamento para homossexualidade.
No transcorrer da noite, porém, cenas de violência e vandalismo tomaram conta do Centro. Um grupo radical, formado por uma maioria de mascarados, destruiu lojas, agências bancárias, placas de sinalização, a sede da Prefeitura, dezenas de radares, pontos de ônibus, lixeiras, orelhões e monumentos históricos.
A polícia agiu contra o grupo com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter o tumulto. Blindados deram apoio à ação. Uma cabine da PM foi incendiada na noite desta quinta. Um veículo de uma emissora de TV também foi queimado.
Por volta das 22h30, um grupo de cerca de 100 manifestantes chegou ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras. A PM cercou a sede do governo estadual, para evitar a depredação do prédio histórico. Um pequeno grupo de manifestantes tentou bloquear o tráfego de ônibus na Rua Pinheiro Machado, mas a situação foi controlada por volta de meia-noite.
No mesmo horário, uma outra confusão aconteceu na Lapa e nos arredores da Faculdade Nacional de Direito, no Campo de Santana, e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ, no Largo de São Francisco, todos no Centro.  Alunos se refugiaram nas duas instituições com medo do tumulto. A Polícia Militar negou que tenha cercado as instituições de ensino. De acordo com a corporação, a PM se dirigiu ao local para garantir a segurança patrimonial dos prédios da universidade.
Feridos
Até a madrugada desta sexta, 62 pessoas haviam sido atendidas no Hospital municipal Souza Aguiar, feridas durante o tumulto entre um pequeno grupo de manifestantes e a Polícia Militar. No mesmo horário, cinco pessoas tinham sido presas pelo Bope por saque a uma loja de calçados. Outras 10 pessoas foram detidas. Segundo a polícia, a maioria era menor de idade e foi liberada após a chegada dos responsáveis.
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Após protesto, agências bancárias amanheceram destruídas nesta sexta-feira (Foto: Renata Soares / G1)Após protesto, agências bancárias amanheceram destruídas nesta sexta-feira (Foto: Renata Soares / G1)













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