Vitor Amado tenta se aposentar há 14 anos.
Homônimo morreu em 1986; pais dos dois têm os mesmos nomes.
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Para conseguir se aposentar, o montador de móveis Vitor Amado precisará corrigir o erro da certidão do nascimento e levar para o INSS. O homem tenta se aposentar há 14 anos, mas não consegue, porque para a Previdência ele já está morto e uma mulher, que seria a viúva, recebe a pensão, como mostrou o SPTV nesta segunda-feira (28).
O montador de móveis tem um homônimo, morto em 1986. A certidão diz que ele nasceu na mesma cidade que o vivo, Tapiratiba, a 290 km de São Paulo, perto da divisa com Minas Gerais. Os dois nasceram no mesmo dia e os nomes dos pais são os mesmos - Pedro Amado e Margarida Delfina Amado.
"Para que em cima dessa documentação apresentada, a gente possa pedir à Caixa Econômica, a desvinculação dos elos desses dois PIS. A partir daí fazer o acerto do cadastrado e fazer o reconhecimento do direito dele”, explica a superintendente regional do INSS, Dulcina Golgato Aguiar.
Corrigir a certidão pode ser a solução para um problema que poderia ser evitado bem antes, quando o montador de móveis e o seu homônimo foram tirar RG e CPF. Como não existe um cadastro unificado de documentos, ninguém percebeu que tinha duas pessoas com o mesmo nome e outros dados.
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A mulher de Vitor Amado falecido mora no Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo, e recebe pensão pela morte do marido. Ela mostrou o atestado de óbito que diz que ele morreu dia 1º de julho de 1986, de uma parada cardiorrespiratória e acidente vascular cerebral.
O montador de móveis conta que nunca viu o outro Vitor. Na cidade de Tapirabita, no interior de São Paulo, local de nascimento dos dois, como consta na certidão de nascimento, apenas um Vitor Amado foi registrado no cartório da cidade. O oficial do cartório, Márcio Luiz Ferreira, não sabe explicar como duas pessoas tem a mesma certidão. “É difícil ter o mesmo pai, mesma mãe, mesma data de nascimento.”
O livro antigo de registro informa o casamento do montador de móveis. O Vitor falecido se casou em 1980 em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Na época do casamento, ele declarou que os pais estavam mortos há 12 anos. Contudo, Margarida Delfina Amado tem 87 anos e vive em Apucarana, no Paraná.
Anos depois, outra informação chegou a Tapiratiba – a de que Vitor Amado tinha morrido. Desde então, para a Previdência, Vitor não existe mais. O montador de móveis só espera que tudo seja resolvido o mais rápido possível. Sobre o homônimo morto, ninguém encontra uma explicação para o que aconteceu.
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