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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Jovem que escapou de tragédia no Rio relata: ‘Dez minutos salvaram minha vida'


Parente de vítima que ficou presa às ferragens lamenta: ‘Viu o amigo morrer'

29/01/2014 às 09h27 
Atualizado em 29/01/2014 às 11h28
Ana Maria recebe familiares e amigos de vítimas da Linha Amarela (Foto: Mais Você/TV Globo)Ana Maria recebe familiares e amigos de vítimas de acidente na Linha Amarela (Foto: Mais Você/TV Globo)
O acidente causado por uma caçamba de caminhão, que deixou cinco mortos, após a queda de uma passarela, na Linha Amarela, Rio de Janeiro, ainda levanta dúvidas: foi uma fatalidade ou imprudência? Na última terça-feira (28), o país acompanhou o resgate de vítimas, e ainda, o drama das pessoas que perderam amigos e familiares que estavam nos carros e na passarela atingidos pelo caminhão. O Mais Você foi ao local do acidente ouvir pessoas que acompanharam o resgate das vítimas, e Ana Maria Braga recebeu, na Casa de Cristal, Genilson Andrade Venâncio, filho de Glaucia Pereira de Andrade, que ficou presa às ferragens de um carro na ocasião, além de uma sobrevivente que escapou, por pouco, da tragédia.
“Eu tinha acabo de passar no mesmo local 20 minutos antes e quando cheguei ao Centro ouvi que a passarela havia caído. Um rapaz falou que tinha uma senhora presa nas ferragens, sei que minha mãe faz o trajeto três vezes por semana. Liguei para dizer a ela para pegar um caminho alternativo. O telefone só chamava e achei estranho, meu irmão tentou ligar e também não conseguiu. Na internet, meu irmão viu que era a nossa mãe”, detalhou Genilson. “Ela nasceu de novo”, ressaltou Genilson.
Além de Genilson, a apresentadora também conversou com o sobrinho de Glaucia, Diego Andrade, que é socorrista do Samu. “Eu estava de folga. Quando soube que ela tinha sido socorrida, liguei para o hospital e consegui falar dois minutinhos com ela. Glaucia estava muito abalada. Está consciente, mas muito abalada, porque viu o amigo de trabalho morrer ao lado dela. Minha tia foi a última a ser removida e foi transferida de madrugada para o CTI. Neste momento, ainda não temos notícias."
A jovem Gisele Damasceno, que entrava na passarela no momento do acidente, e ia para uma entrevista de emprego, relatou os momentos de drama. “Eu tenho um neném de um ano e 8 meses e me atrasei para fazer a mamadeira dele e tomar banho. Questão de 10 minutos foi o tempo que salvou minha vida. Praticamente nasci de novo. Se eu tivesse saído no horário, eu estaria no meio da passarela. Eu já estava botando o pé na passarela, quando vi aquele fumaça, o chão tremeu... Uma cena de terror! Eu corri para trás. Vi tudo muito de perto, vi as pessoas sendo arremessadas. Não tenho palavras, essa noite não consegui dormir, me deu uma crise de choro”, lamentou.
Acidentes rotineiros
Os moradores garantem: acidentes no local são constantes. A tia de Adriano Oliveira, o rapaz de 26 anos que morreu depois de cair da passarela, falou sobre a tragédia com o sobrinho. “O pai dele sempre vê o filho indo para o trabalho e avisou à mãe dele: ‘Nosso filho caiu lá no rio’. Adriano chegou a sair com vida do rio, mas não resistiu e faleceu no local", contou ela, que relembrou outro acidente:
“A primeira vez, a passarela balançou e rachou. Colocaram concreto para ‘tapear’. Isso foi há dois anos e eles não vieram reconstruir esse concreto. Toda vez que a gente passava, a passarela trepidava”, relatou. Outros moradores confirmaram que a passarela estava “remendada”, após um outro caminhão caçamba ter atingido o mesmo ponto, há cerca de dois anos. Os poucos sinais de reforma são superficiais, segundo os moradores.
Vistoria e multa
A concessionária que administra a Linha Amarela informou que faz vistorias periódicas nas passarelas, e que a passarela que desabou havia sido vistoriada em dezembro. A Lamsa disse ainda que quando alguma irregularidade é identificada na via, a Polícia Militar é acionada. E veículos de carga que descumprem a determinação de passar por ali apenas dentro do horário permitido, pagam multa de R$ 85,00.
A empresa Arco da Aliança, responsável pelo caminhão, informou que vai prestar solidariedade aos parentes das vítimas. O motorista do caminhão, Luis Fernando da Costa, de 33 anos, vai responder por homicídio culposo e lesão corporal, e pode pegar até seis anos de prisão. O laudo pericial que revelará como a caçamba levantou deve sair em dez dias.
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fonte: http://gshow.globo.com/programas/mais-voce/O-programa/noticia/2014/01/parente-de-vitima-de-acidente-no-rio-lamenta-viu-amigo-morrer-ao-seu-lado.html

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