Mais de 30 animais foram resgatados pela Polícia Ambiental em Sorocaba.
Eles serão encaminhados a uma clínica veterinária para avaliação.
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Após uma denúncia anônima de maus-tratos, mais de 30 animais de estimação foram recolhidos pela Polícia Militar Ambiental de Sorocaba (SP) em um pet shop instalado no interior de um hipermercado, no Jardim Santa Rosália, no início da tarde desta sexta-feira (10). Foram resgatados sete cães, três gatos e seis aves, além de coelhos e roedores.
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O estabelecimento comercial estava sob ordem de despejo por falta de pagamento de aluguel quando uma pessoa que passava pelo local denunciou uma possível situação de maus-tratos à Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB Sorocaba. Um chaveiro foi chamado para ajudar a abrir a loja e o veterinário da comissão, responsável pela fiscalização de casos de denúncia, Murilo Melo Juste Dini, encontrou os animais em condições inadequadas, por volta das 11h30.
Além das gaiolas sujas e de alguns animais terem sido encontrados sem água e comida, a falta de ventilação foi o que mais preocupou o veterinário e os integrantes das Organizações Não-Governamentais (ONGs) de proteção animal que acompanharam o caso. "O pet shop é muito quente e todos os ventiladores estavam desligados, mesmo com esse clima de Sorocaba. Quando estão com calor, os animais ficam estressados, é o que chamamos de estresse térmico", explica Murilo.
Em consequência do calor intenso, muitos bichos também estavam com diarreia. Mas, de uma forma geral e em um primeiro momento, todos estavam bem. "Mesmo que não haja o ato em si, só de expor os animais a situações que não fazem bem a eles já é inadequado", esclarece o especialista.
A polícia foi acionada e, após o recolhimento dos animais, vai registrar um boletim de ocorrência ambiental. Os animais recolhidos serão avaliados, caso a caso, por um novo veterinário. A realização de exames em uma clínica especializada vai indicar se há indícios de maus-tratos.
Se o laudo realmente constatar o caso, o proprietário do pet shop vai responder criminalmente pela situação. A mãe do responsável, que não pôde acompanhar a ordem de despejo, não quis se manifestar sobre o ocorrido.
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