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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Em meio à crise, Dilma convoca reunião ministerial e prepara mensagem sobre programas sociais


  • Presidente se reuniu durante o jogo do Brasil com alguns de seus ministros. Encontro desta segunda-feira, às 16h, tem pauta extensa
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CATARINA ALENCASTRO E REGINA ALVAREZ (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala depois de reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada Foto: Givaldo Barbosa / O Globo
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala depois de reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada Givaldo Barbosa / O Globo
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff marcou para esta segunda-feira, às 16h, uma reunião com todos os ministros para passar à população a mensagem de que o governo não está parado, e que os programas sociais continuam funcionando a todo vapor.
Dilma também aproveitará para discutir com todos os seus auxiliares as iniciativas que anunciou na última segunda-feira e que integram o que chamou de cinco “pactos pelo Brasil”: um de responsabilidade fiscal, um de reforma política e combate à corrupção, um de saúde, outro de educação e, finalmente, um sobre transporte coletivo.
A presidente se reuniu na tarde deste domingo com alguns ministros. Ela pretende enviar já nesta semana a mensagem presidencial pedindo a convocação do plebiscito para fazer a reforma política. Com isso em mãos, o Congresso publicará um decreto legislativo e dará início ao processo de consulta popular.
Dilma ainda não divulgou as perguntas que deverão ser feitas à população. Hoje, ela recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar do plebiscito. O governo ficou satisfeito com o resultado da pesquisa Datafolha que indicou que 68% dos brasileiros são favoráveis à consulta popular.
A mensagem que deverá passar aos ministros é que o governo está atento aos apelos das ruas, trabalha para atender às novas reivindicações, mas sem se descuidar do equilíbrio fiscal e das conquistas asseguradas na área social. A reunião ministerial marca o momento mais delicado da gestão da presidente Dilma, cuja popularidade está caindo. Há crise na economia e protestos nas ruas por mais e melhores serviços públicos.
O compromisso com o equilíbrio das contas públicas foi enfatizado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista publicada hoje no GLOBO. Ele afirmou que haverá cortes nos gastos de custeio para compensar despesas adicionais que surgiram em função de novas demandas e não descartou aumento de impostos, se necessário.
Dilma deverá fazer uma recomendação expressa para que os programas sociais não sejam descontinuados em decorrência das novas demandas. A ideia é mostrar que o governo não está parado por causa da crise e os programas sociais continuam funcionando a todo vapor.
— Precisamos ter olhos e atenção às novas reinvidicações das ruas, olhando a questão fiscal e os programas já existentes. As conquistas que a população mais pobre teve nos últimos anos serão preservadas. Não haverá retrocesso — garantiu o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, resumindo o recado inicial da presidente Dilma em uma reunião realizada hoje, no mesmo horário da final da Copa das Confederações.
Bernardo participou da reunião, no Palácio do Alvorada, junto com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres), Luiza Bairros (Promoção da Igualdade Racial) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, também esteve com a presidente na residência oficial.
Dilma também comentou na reunião no Alvorada a queda em sua popularidade em decorrência dos protestos das últimas semanas. Segundo um interlocutor, ela demonstrou tranquilidade:
— Não foram manifestações apenas contra o governo federal. Houve muitos avanços, mas ainda há muitos problemas. São mobilizações pela ampliação de direitos. São legítimas e reforçam a democracia.
Médicos estrangeiros
Dando prosseguimento a uma das medidas anunciadas pela presidente Dilma para melhorar a saúde, o programa “Mais Médicos”, que pretende contratar profissionais estrangeiros da área para trabalhar no interior do Brasil, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que vai se reunir esta semana com os governadores e com os prefeitos para definir o edital de contratação desses profissionais. Ele explicou que o edital elaborado pelo Ministério da Saúde será baseado na experiência internacional. Padilha participou de reunião com a presidente na tarde deste domingo no Palácio da Alvorada.
- O edital primeiro será para a chamada dos médicos brasileiros. Os médicos estrangeiros só vão para as vagas não ocupadas pelos médicos brasileiros - garantiu.
Outra prioridade do ministro esta semana é chamar os secretários estaduais e municipais em Brasilia para acelerar os recursos do governo federal para os hospitais. Ele disse que o objetivo é ter melhores hospitais, mais infraestrutura e mais UPAs 24 horas. Alexandre Padilha afirmou ainda que mais de 20 mil unidades básicas estão sendo reformadas e ampliadas.
O ministro disse que a reforma política não foi discutida na reunião com a presidente. Ao ser perguntado como estava a presidente Dilma Rousseff depois do resultado da pesquisa Datafolha, o ministro disse que a presidente “está bem, muito bem”.
- Sempre sensível ao que vem das ruas. Eu acho que não só o governo federal mas a presidente Dima têm demonstrado que o Brasil é um país democrático onde tem manifestação, o governo federal e a presidente Dilma busca reagir construir e absorver as propostas que vêm da população e dar alternativas - disse ele.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/em-meio-crise-dilma-convoca-reuniao-ministerial-prepara-mensagem-sobre-programas-sociais-8865536#ixzz2XnR7Davi
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