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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Bancários marcam greve por tempo indeterminado para esta terça



Bancários pedem aumento real de 10,25% e maior participação nos lucros.
Contraf diz que não é possível informar quais bancos e cidades vão parar.

Simone CunhaDo G1, em São Paulo
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Os bancários entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (18), segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A intenção dos bancários é fechar as agências, mas caixas eletrônicos e bancos pela internet devem continuar funcionando.
Apesar da paralisação, o consumidor  não fica dispensado de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança. No entanto, para isso, a empresa credora ou concessionária de serviço deve oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam feitos, conforme alertou a Fundação Procon-SP.
A recomendação do Procon é que o consumidor entre em contato com a empresa e peça essas opções de forma de pagamento, como por internet, sede da empresa, casas lotéricas ou código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos.
De acordo com o diretor de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, não é possível informar quais cidades ou estados terão as agências fechadas já a partir do horário de abertura. Um balanço da paralisação deve ser divulgado pela confederação no fim da tarde de terça.
ReivindicaçõesSegundo nota da confederação, entre as reivindicações dos bancários estão o aumento de 10,25% nos salários, uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas "abusivas", melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.
A Fenaban disse em nota que "lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve"
O objetivo da greve é forçar a negociação, diz Ademir. Segundo ele, os bancos não apresentaram novas propostas de reajustes depois do dia 28 de agosto e por isso os bancários marcaram a greve.
"A greve é um movimento, vai se construindo ao longo do dia. As agências paradas não vão funcionar, mas o cliente não vai ficar desassistido porque poderá ser atendido pelos caixas eletrônicos e bancos pela internet", disse.
Este é o décimo ano seguido que os bancários fazem greve nesta época do ano, quando é realizada a negociação dos reajustes, diz Ademir. As paralisações costumam durar cerca de duas ou três semanas, de acordo com ele.
O que dizem os bancosA Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical do sistema financeiro, informou por meio de nota que apresentou uma proposta no dia 28 de agosto. Segundo a federação, a proposta prevê reajuste salarial de 6%, que corrigirá salários, pisos, benefícios e Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O piso salarial para bancários na função de caixa passará para R$ 2.014,38 para jornada de seis horas. Entre outros benefícios, está prevista a 13ª cesta no valor de R$ 359,42.
Nesta segunda, os sindicatos locais definiram como vão organizar as paralisações. A aprovação da greve ocorreu na última quarta (12) por mais de 130 sindicatos representados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), disse a entidade.
A Fenaban disse na nota que "lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve". “Greve é ruim para todo mundo: é ruim para o bancário, é ruim para o banco, é ruim para a população, que já foi muito incomodada pela onda de greves dos funcionários públicos e não merece ser mais incomodada com uma paralisação dos bancários”, disse o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico.
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