Investigação concluiu que Uanderson foi vítima de fogo amigo.
Bianca Silva espera que caso impacte em preparo dos soldados em UPPs.
Após a Divisão de Homicídios do Rio concluir nesta terça-feira (6) que a morte do comandante da UPP Nova Brasília, capitão Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos, foi morto por tiro amigo, a família se prepara agora para exigir uma indenização do estado.
A viúva do militar, Bianca Silva, diz que será difícil explicar à filha que o pai foi morto por um tiro amigo, mas não abre mão da ação civil indenizatória. "É difícil explicar para minha filha que o policial que atirou não fez por mal, mas pelo menos podemos dizer com certeza agora o que aconteceu. Quero uma indenização porque ele foi morto em serviço pelo Estado", diz ela.
De acordo com Bianca, que teve com Uanderson a filha Maria Beatriz, atualmente com oito anos, o preparo dos policiais também deve ser levado em conta. "Espero que essa discussão seja feita e que esse tipo de coisa não aconteça com mais ninguém. É horrível", lamentou ela.
A Defensoria Pública do Estado deve ficar responsável pelo caso. Em matéria de julho, o G1mostrou a vida de parentes de PMs mortos em serviço em área de UPP, e Bianca contou sobre como a vida da filha foi "destruída" após a morte de Uanderson.
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Relatório
A família do comandante da UPP pediu que fossem feitas avaliações psicossociais nos PMs que compunham a guarnição do capitão no momento do acidente. O objetivo era saber se havia alguma desavença entre Uanderson e seus comandados que pudesse explicar um homicídio doloso durante a incursão.
A família do comandante da UPP pediu que fossem feitas avaliações psicossociais nos PMs que compunham a guarnição do capitão no momento do acidente. O objetivo era saber se havia alguma desavença entre Uanderson e seus comandados que pudesse explicar um homicídio doloso durante a incursão.
Em todos os casos, no entanto, Uanderson foi descrito como "amigável, brincalhão e tranquilo no ambiente de trabalho" pelos comandados. De acordo com o relatório, vários dos PMs na guarnição de Uanderson teriam pedido assistência médica após sofrerem sequelas emocionais "que não lhe permitiram o sono por cerca de 15 dias".
“ Meu marido foi morto a serviço do Estado”
Bianca Silveira, viúva de Uanderson
A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), em nota, informou que não foi comunicada oficialmente pela Divisão de Homicídios sobre a conclusão das investigações. Eles afirmam ainda que as UPPs do Complexo do Alemão e outras unidades estão passando por um Realinhamento Estratégico e Operacional desde abril de 2015, e que a UPP Nova Brasília já concluiu sua participação.
Segundo a CPP, essa requalificação, realizada pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) com unidades que integram o Comando de Operações Especiais (COE), incluiu uma série de treinamentos voltados para técnicas de autoproteção nas áreas de atuação, uso de armamento, abordagem e primeiros socorros, além de disciplinas voltadas para Polícia de Proximidade.
fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/10/nao-abro-mao-de-indenizacao-diz-viuva-de-comandante-de-upp-morto.html
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