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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

'Não abro mão de indenização', diz viúva de comandante de UPP morto


Investigação concluiu que Uanderson foi vítima de fogo amigo.
Bianca Silva espera que caso impacte em preparo dos soldados em UPPs.

Henrique CoelhoDo G1 Rio
Comandante de UPP foi morto durante confronto em 2014 (Foto: Arquivo Pessoal)Comandante de UPP foi morto durante confronto
em 2014 (Foto: Arquivo Pessoal)
Após a Divisão de Homicídios do Rio concluir nesta terça-feira (6) que a morte do comandante da UPP Nova Brasília, capitão Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos, foi morto por tiro amigo, a família se prepara agora para exigir uma indenização do estado.
A viúva do militar, Bianca Silva, diz que será difícil explicar à filha que o pai foi morto por um tiro amigo, mas não abre mão da ação civil indenizatória. "É difícil explicar para minha filha que o policial que atirou não fez por mal, mas pelo menos podemos dizer com certeza agora o que aconteceu. Quero uma indenização porque ele foi morto em serviço pelo Estado", diz ela.
De acordo com Bianca, que teve com Uanderson a filha Maria Beatriz, atualmente com oito anos, o preparo dos policiais também deve ser levado em conta. "Espero que essa discussão seja feita e que esse tipo de coisa não aconteça com mais ninguém. É horrível", lamentou ela.
A Defensoria Pública do Estado deve ficar responsável pelo caso. Em matéria de julho, o G1mostrou a vida de parentes de PMs mortos em serviço em área de UPP, e Bianca contou sobre como a vida da filha foi "destruída" após a morte de Uanderson.
Relatório
A família do comandante da UPP pediu que fossem feitas avaliações psicossociais nos PMs que compunham a guarnição do capitão no momento do acidente. O objetivo era saber se havia alguma desavença entre Uanderson e seus comandados que pudesse explicar um homicídio doloso durante a incursão.
Em todos os casos, no entanto, Uanderson foi descrito como "amigável, brincalhão e tranquilo no ambiente de trabalho" pelos comandados. De acordo com o relatório, vários dos PMs na guarnição de Uanderson teriam pedido assistência médica após sofrerem sequelas emocionais "que não lhe permitiram o sono por cerca de 15 dias".
“ Meu marido foi morto a serviço do Estado”
Bianca Silveira, viúva de Uanderson
A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), em nota, informou que não foi comunicada oficialmente pela Divisão de Homicídios sobre a conclusão das investigações. Eles afirmam ainda que as UPPs do Complexo do Alemão e outras unidades estão passando por um Realinhamento Estratégico e Operacional desde abril de 2015, e que a UPP Nova Brasília já concluiu sua participação. ​
Segundo a CPP, essa requalificação, realizada pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) com unidades que integram o Comando de Operações Especiais (COE), incluiu uma série de treinamentos voltados para técnicas de autoproteção nas áreas de atuação, uso de armamento, abordagem e primeiros socorros, além de disciplinas voltadas para Polícia de Proximidade.

fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/10/nao-abro-mao-de-indenizacao-diz-viuva-de-comandante-de-upp-morto.html

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