Total de visualizações de página

quinta-feira, 14 de março de 2013

Gilmar Mendes critica pressão para STF decidir rápido sobre royalties



Para ministro do Supremo, julgamentos não podem ser apressados.
Governador do Rio suspendeu parte dos pagamentos até STF julgar.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
64 comentários
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou nesta quarta-feira (13) as pressões para que a corte acelere o julgamento de ações sobre a nova divisão de royalties do petróleo. Ele defendeu que a questão seja alvo de "diálogo" entre os políticos.
Se levaram dois ou três anos para esse debate, agora o Supremo deve decidir em dois, três dias, em 15 dias. Não me parece ser esta a postura adequada"
Gilmar Mendes, ministro do STF
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), anunciou na semana passada a suspensão de parte dos pagamentos do estado até que o STF decida sobre o assunto. O Rio, um dos principais estados produtores, sofrerá perda de receita devido à derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff a mudanças na redistribuição dos ganhos do petróleo para contratos em vigor. Rio, Espírito Santo e São Paulo anunciaram que entrarão com ações no Supremo contestando a Lei dos Royalties.
Para Gilmar Mendes, que falou sobre o tema em cerimônia na qual o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou dados de julgamento de homicídio, pressionar o Supremo não é a "postura adequada".
"Se levaram dois ou três anos para esse debate, agora o Supremo deve decidir em dois, três dias, em 15 dias. Não me parece ser esta a postura adequada para conduzir o tema. Eu formulo voto para que os políticos encontrem uma solução adequada", disse Gilmar Mendes.
O ministro disse que é preciso "revalorizar" a atividade política. "Eu fico a imaginar se todos que tiverem um pleito no Supremo Tribunal Federal disserem que não vão fazer isso ou vão proceder dessa ou daquela forma até que o Supremo se pronuncie. Acredito que esse episódio mostra que talvez nós devamos revalorizar a atividade política e o diálogo entre os diversos setores envolvidos no fazimento da vontade nacional. É o Congresso Nacional o locus [local] para fazer esse tipo de integração e de inteiração de vontade."
O ministro citou que, entre os temas que o Congresso deixou para o Supremo estão o Fundo de Participação dos Estados (FPE), os royalties e a guerra fiscal.
Pressões ao STF
Na segunda, o presidente do STF disse que os ministros não cederão a pressões em relação ao questionamento da nova Lei dos Royalties. "Ministros do Supremo são, por definição, pessoas preparadas, treinadas para resistir a pressões. Pressões não nos incomodam", disse.
Joaquim Barbosa disse ainda que esta questão será analisada pela corte "em breve" e que novas ações devem ser protocoladas. "O Supremo analisará em breve, quanto a isso não há nenhum problema, mas vamos ver que provavelmente, eu li pelos jornais, haverá outras ações, vamos aguardar."

fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/03/gilmar-mendes-critica-pressoes-ao-stf-por-celeridade-sobre-royalties.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário