MP diz que eles ordenaram execução de PMs e ataques no estado.
Gabinete Criminal de Crise do TJ-SP começou a atuar no início do mês.
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"Piauí" está preso por diversos crimes.
Em meio à onda de violência que assola o estado de São Paulo, dois presos foram transferidos de penitenciárias no interior paulista para presídios federais e outros dois acabaram punidos com isolamento no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) em unidades paulistas, segundo o Gabinete Criminal de Crise do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). As mudanças fazem parte do acordo firmado entre o governo paulista e o federal para o combate ao crime organizado.
A Justiça autorizou a transferência dos quatro presos, que são acusados de liderarem uma facção criminosa. Segundo apuração do Ministério Público estadual, há provas de que eles ordenaram, de dentro de presídios paulistas, a execução de policiais militares e ataques a bases da Polícia Militar e ônibus. Até esta terça-feira (21), 93 PMs haviam sido mortos desde o início do ano.
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De acordo com o Gabinete Criminal de Crise, Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, foi transferido em 8 de novembro da Penitenciária Estadual de Avaré, no interior de São Paulo, para a Penitenciária Federal em Porto Velho, capital de Rondônia. Ele era considerado o chefe do tráfico na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. A ele é atribuída uma lista com nomes de policiais marcados para morrer.
Na última sexta-feira (16), Roberto Soriano, o Beto Tiriça, deixou o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no Centro de Readaptação Penitenciária Doutor José Ismael Pedrosa, em Presidente Bernardes, interior paulista, também em direção a Rondônia. Em maio, Tiriça já havia sido condenado a 180 dias de RDD por ter ordenado a morte de seis PMs da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
Ocorreram transferências de outros dois presos que estavam na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau para o RDD em Presidente Bernardes, em 7 de novembro. De acordo com a Promotoria, Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e Alexandre Campos dos Santos, o Primo ou Jiló, foram flagrados em interceptações telefônicas da Polícia Federal comandando o crime de dentro da unidade prisional. Eles usavam telefones celulares, o que é proibido em todas as prisões do país.
Ocorreram transferências de outros dois presos que estavam na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau para o RDD em Presidente Bernardes, em 7 de novembro. De acordo com a Promotoria, Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e Alexandre Campos dos Santos, o Primo ou Jiló, foram flagrados em interceptações telefônicas da Polícia Federal comandando o crime de dentro da unidade prisional. Eles usavam telefones celulares, o que é proibido em todas as prisões do país.
De acordo com o MP, Piauí, Beto Tiriça, Vida Loka e Jiló irão responder pelos assassinatos de alguns PMs mortos neste ano. Eles já haviam sido condenados por crimes como homicídio, latrocínio, formação de quadrilha, sequestro e tráfico de drogas.
No RDD, os presos têm direito a duas horas de banho de sol por dia e visita de parentes durante duas horas por semana. As visitas íntimas são proibidas. Os presos podem permanecer, no máximo, 360 dias no regime. Não há limite de permanência nos presídios federais, onde os detentos também contam com duas horas de banho de sol por dia, três horas de visitas de parentes por semana e visita íntima quinzenal, com uma hora de duração. Nos dois casos, os presos não têm acesso a jornais e televisão.
Pedidos de transferência
Juiz assessor da presidência do TJ-SP e gestor do Gabinete Criminal de Crise, Rodrigo Capez diz que não há, no momento, novos pedidos de transferência. “A Justiça funciona mediante demanda. Não tem nenhum pedido aqui comigo de novas solicitações, se houver, vai ser apreciado”, disse.
Juiz assessor da presidência do TJ-SP e gestor do Gabinete Criminal de Crise, Rodrigo Capez diz que não há, no momento, novos pedidos de transferência. “A Justiça funciona mediante demanda. Não tem nenhum pedido aqui comigo de novas solicitações, se houver, vai ser apreciado”, disse.
Quatro juízes integram o gabinete do TJ: dois têm função administrativa e outros dois realizam trabalhos jurisdicionais. O gabinete foi criado no início deste mês para monitorar a onda de violência no estado e acelerar a avaliação de transferências e pedidos de prisão.
Os pedidos de transferência são feitos por promotores, a partir das investigações da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). “Basta que esteja ligado a uma facção criminosa, quadrilha ou bando para que você possa determinar a inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado”, afirmou o juiz Rodrigo Capez.
O G1 não conseguiu localizar os advogados dos acusados para comentarem o assunto.
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fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/11/sp-transferiu-dois-presos-para-ro-e-dois-foram-isolados-diz-justica.html
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