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terça-feira, 13 de novembro de 2012

'É intolerável', diz Alckmin sobre PMs envolvidos em morte de servente



Corporação determinou prisão de 5 policiais suspeitos de matar homem.
Governador assinou hoje 'acordo de cooperação' com ministro da Justiça.

Tatiana SantiagoDo G1 São Paulo
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, classificou como "intolerável" o caso de policiais militares envolvidos na ocorrência que acabou com a morte de um servente no sábado (10), na Zona Sul de São Paulo. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (12), após uma reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na qual um acordo de cooperação foi assinado para ações de combate ao crime em São Paulo.

“Nós tivemos um caso de execução de um preso por parte de um PM [policial militar] e isso é intolerável. A Polícia Militar já prendeu toda a equipe. Poucas horas depois da descoberta do fato, cinco policiais foram presos e responderão a processo. Aqueles que forem responsabilizados, serão expulsos da polícia. Não há nenhuma tolerância.", afirmou.
Alckmin reforçou ainda a ação da Corregedoria da PM e a participação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nas investigações dos casos. "Temos 130 mil policiais. É preciso sempre verificar que são ações excepcionais e para isso a polícia tem a maior Corregedoria do país. E nós ainda determinamos, já no ano passado, que todo caso de confronto seguido de morte seja acompanhado pelo DHPP", disse o governador.
Nesta segunda, a Corregedoria da Polícia Militar começou a ouvir os 25 policiais que participaram da ocorrência que resultou na morte do servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, no Campo Limpo Paulista. Apesar de não aparecerem no vídeo, os PMs foram levados para um quartel e serão liberados depois de prestar esclarecimentos. As imagens foram divulgadas no domingo (11) no programa "Fantástico".
O comandante geral da Polícia Militar de São Paulo, Roberval Ferreira França, determinou a prisão de cinco policiais suspeitos de envolvimento no assassinato, que foram flagrados na gravação. Ao todo, 30 policiais foram detidos. No início da tarde desta segunda, a PM divulgou o nome dos cinco policiais envolvidos na morte. São suspeitos o tenente Halstons Kay Yin Chen e os soldados Francisco Anderson Henrique, Marcelo de Oliveira Silva, Jailson Pimentel de Almeida e Diógenes Marcelino de Melo.
"Tão logo tomamos conhecimento dos fatos, determinamos a prisão de todos os policiais militares envolvidos. A Polícia Militar vai apurar rigorosamente e, de acordo com as provas que forem carregadas ao inquérito, ao processo, esses policiais militares deverão ser processados, demitidos ou expulsos da corporação", afirmou França.
O vídeo feito por um vizinho da vítima, na manhã de sábado, mostra o servente ainda vivo levando um tapa e um chute dos PMs. Em seguida, ele é levado para o carro da PM. Na imagem, um policial ergue os braços em posição de tiro. Não é possível ver disparos, mas logo a seguir ouve-se um barulho. Quando a câmera volta a mostrar a rua, dá para ver a movimentação de alguns policiais.
No boletim de ocorrência, PMs relataram que o corpo foi encontrado em uma viela. O servente já tinha passagens anteriores pela polícia. Ele foi condenado por receptação, roubo e falsificação de documentos. A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou, em nota, que não irá se pronunciar antes da conclusão das investigações.
São Paulo vive uma onda de violência nos últimos meses, com mais de 90 policiais mortos desde o início do ano. Segundo investigações do Ministério Público, há indícios de que a onda de violência foi desencadeda por uma operação da Rota, a tropa de elite da PM (saiba mais). Em 28 de maio, policiais da Rota mataram seis suspeitos de pertencerem a uma facção que se reuniam no estacionamento de um bar na favela Tiquatira, na região da Penha, Zona Leste. Em junho, como represália, 11 policiais foram assassinados.
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fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/11/e-intoleravel-diz-alckmin-sobre-pms-envolvidos-em-morte-de-servente.html

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