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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Advogado de amiga diz que madrasta de Bernardo confessou morte


Demetryus Eugenio Grapiglia diz ter lido o depoimento dado por Graciele.
Advogado de madrasta, no entanto, só afirma que ela isentou o marido.

Fábio AlmeidaDa RBS TV, em Ijuí
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Demetryus diz que Graciele isentou Edelvania de culpa da morte de Bernardo (Foto: Marcelo Theil/RBS TV)Demetryus diz que Graciele isentou Edelvania de culpa da morte de Bernardo (Foto: Marcelo Theil/RBS TV)
A enfermeira Graciele Ugulini, madrasta do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, teria confessado ter dado medicamentos que resultaram na morte da criança. A informação foi dada pelo advogado Demetryus Eugenio Grapiglia, que representa outra suspeita do crime, a assistente social Edelvania Wirganovicz, e disse ter lido o depoimento dado por Graciele nesta quarta-feira (30) à Polícia Civil.
Graciele Boldrini foi transferida de Três Passos para Ijuí, no RS (Foto: Fabio Almeida/RBS TV)Graciele Boldrini foi transferida de Três Passos
para Ijuí e prestou depoimento
(Foto: Fabio Almeida/RBS TV)
"A madrasta teria feito uso de uma supermedicação para o menino Bernardo e ele veio a óbito em função dessa superdosagem. E quando percebeu que o menino tinha morrido, ela pressionou a Edelvania para que ajudasse a ocultar o cadáver", afirmou ao G1 o advogado de Edelvania.
G1 entrou em contato com a delegada responsável pelo caso, Caroline Bamberg, que não confirmou a informação. A Polícia Civil confirmou que o depoimento apontou que a criança foi vítima de superdosagem, mas sem especificar quem deu o medicamento.
Demetryus afirmou que, de acordo com o depoimento da enfermeira, a assistente social não teve participação na morte da criança. "Ela ratificou que minha cliente não teve participação no crime de homicídio, minha cliente só teve participação na ocultação de cadáver", afirmou.
O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, não confirmou a confissão, mas disse que ela isentou o marido, o médico Leandro Boldrini, de participação na morte do menino. O depoimento foi dado na Penitenciária Modulada de Ijuí, no noroeste do Rio Grande do Sul, onde Graciele está recolhida. Além de Graciele e Edelvania, o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, também está preso por suspeita de participação no crime.
Ainda de acordo com o advogado, Graciele disse ter ido a Frederico Westphalen para "compromissos pessoais ou íntimos", e por isso queria que a criança dormisse.
O depoimento de Graciele começou após as 10h30, horário em que os três delegados responsáveis pelo caso chegaram ao presídio, e foi encerrado por volta das 13h.
Este era o depoimento mais esperado pela Polícia Civil, considerado fundamental antes do encerramento do inquérito. Na primeira vez em que os delegados tentaram ouvi-la, Graciele preferiu se manter em silêncio. A delegada responsável pelo caso, Caroline Virginia Bamberg, ainda não se manifestou sobre o depoimento.
Além da madrasta e do pai, também está presa temporariamente por suspeita de participação na morte de Bernardo a assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga da mulher. O menino foi encontrado morto em um matagal em Frederico Westphalen, no noroeste do estado, a cerca de 80 km de Três Passos, onde morava com a família. Ele estava desaparecido desde 4 de abril.
Os três suspeitos foram transferidos de presídio de Três Passos na madrugada desta quarta. De acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Leandro Boldrini foi levado à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), enquanto a madrasta foi para Ijuí e Edelvania, para a penitenciária de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Entenda
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado. De acordo com a delegada responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.

fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/04/advogado-de-amiga-diz-que-madrasta-de-bernardo-confessou-morte.html

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