Polícia do Rio apura se publicitário e advogada mataram ex-marido dela.
Empresário foi morto em 2005, quando Eduardo e Ieda Martins se uniram.
O casal suspeito de participar do assassinato de um zelador, na semana passada, em São Paulo, passou a ser investigado também por suposto envolvimento em outro crime, esse cometido no Rio de Janeiro há nove anos.
Além de serem suspeitos de matar o zelador Jezi Souza, de 63 anos, na capital paulista, o publicitário Eduardo Martins, de 47, e sua mulher, a advogada Ieda Martins, 42, estão sendo investigados por suspeita de assassinar o ex-marido dela, o empresário José Jair Farias, na capital fluminense em 2005. Essas informações foram confirmadas nesta quinta-feira (5) ao G1 por policiais de São Paulo e pela assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio. A equipe de reportagem não conseguiu localizar o advogado do casal, Marcello Primo, para comentar as suspeitas sobre seus clientes.
A Polícia Civil de São Paulo e a do Rio estão trocando informações a respeito das duas investigações. Após a repercussão da morte do zelador, a polícia do Rio decidiu reabrir o caso do empresário morto a tiros – que havia sido encerrado sem apontar culpados pelo crime.
São Paulo
Eduardo está preso temporariamente em São Paulo após confessar ter esquartejado, ocultado e queimado o corpo de Jezi, com quem tinha desentendimentos. Para a polícia de São Paulo, o publicitário premeditou o assassinato do zelador e a advogada usou seus conhecimentos em Direito para ajudar o marido a sumir com o corpo sem que eles pudessem ser considerados suspeitos.
Além de serem suspeitos de matar o zelador Jezi Souza, de 63 anos, na capital paulista, o publicitário Eduardo Martins, de 47, e sua mulher, a advogada Ieda Martins, 42, estão sendo investigados por suspeita de assassinar o ex-marido dela, o empresário José Jair Farias, na capital fluminense em 2005. Essas informações foram confirmadas nesta quinta-feira (5) ao G1 por policiais de São Paulo e pela assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio. A equipe de reportagem não conseguiu localizar o advogado do casal, Marcello Primo, para comentar as suspeitas sobre seus clientes.
A Polícia Civil de São Paulo e a do Rio estão trocando informações a respeito das duas investigações. Após a repercussão da morte do zelador, a polícia do Rio decidiu reabrir o caso do empresário morto a tiros – que havia sido encerrado sem apontar culpados pelo crime.
São Paulo
Eduardo está preso temporariamente em São Paulo após confessar ter esquartejado, ocultado e queimado o corpo de Jezi, com quem tinha desentendimentos. Para a polícia de São Paulo, o publicitário premeditou o assassinato do zelador e a advogada usou seus conhecimentos em Direito para ajudar o marido a sumir com o corpo sem que eles pudessem ser considerados suspeitos.
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A polícia busca provas materiais, testemunhais e técnicas para concluir o inquérito e confirmar a suspeita de Eduardo ter cometido homicídio doloso e Ieda ocultação de cadáver.
O publicitário nega, no entanto, ter matado o zelador e alega que a morte foi acidental. Argumenta que o idoso ameaçou matar o filho que ele tem com a advogada. Em seguida, os dois entraram em luta corporal e o funcionário bateu a cabeça e caiu morto.
Jezi teria morrido na última sexta-feira (30) no 11º do edifício da Rua Zanzibar, na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, onde ele trabalhava e onde o casal morava com o filho de 10 anos.
O publicitário contou que sua mulher e filho não estavam presentes no apartamento onde moram no momento em que o zelador morreu. Alegando ter se desesperado, Eduardo escondeu o cadáver dentro de uma mala de viagem e desceu com ela até a garagem. Sua mulher o esperava para ajuda-lo a coloca-la no porta malas do carro do casal.
Câmeras de segurança do condomínio gravaram o zelador saindo do elevador. Depois registraram o publicitário entrando no elevador com a mala. As imagens ainda mostram o casal guardando a mala no automóvel que estava na garagem.
A família do zelador registrou boletim de ocorrência de seu desaparecimento no sábado (31) no 13º Distrito Policial, Casa Verde. Na segunda-feira (2), Eduardo foi preso em flagrante pela polícia em Praia Grande, no litoral paulista, queimando partes do corpo de Jezi numa churrasqueira. Ele usou um serrote para esquartejar o cadáver.
A família do zelador registrou boletim de ocorrência de seu desaparecimento no sábado (31) no 13º Distrito Policial, Casa Verde. Na segunda-feira (2), Eduardo foi preso em flagrante pela polícia em Praia Grande, no litoral paulista, queimando partes do corpo de Jezi numa churrasqueira. Ele usou um serrote para esquartejar o cadáver.
Ieda também chegou a ser presa na segunda-feira suspeita de ocultação de cadáver, mas acabou solta na terça-feira (3) por decisão da Justiça. A sua defesa alegou que não há indícios de sua participação no crime. Mesmo negando qualquer envolvimento, a advogada continua sendo investigada.
Peritos da Polícia Técnico-Científica e policiais civis encontraram arma, cano, silenciador, munição, luvas cirúrgicas, estetoscópio e calçados e roupas com suspeita de sangue nas buscas e apreensões autorizadas pela Justiça. Umrevólver calibre 38 manchado de sangue, estava na mochila de Eduardo encontrada na casa do litoral. O cano de uma pistola 380 e um silenciador foram encontrados no apartamento do casal. O armamento estaria em situação irregular já que o casal não teria autorização para posse ou uso.
A polícia apura se o publicitário usou o revólver ou uma pistola para dar coronhadas na cabeça do zelador e quando e onde isso possa ter ocorrido. Quem poderá confirmar essa suspeita será a perícia técnica do Instituto de Criminalística (IC). Até esta quinta-feira (5), o Instituto Médico Legal (IML) também não havia concluído o laudo necroscópico que vai apontar a causa da morte de Jezi.
Como os parentes do zelador não conseguiram reconhecer o corpo de Jezi, a investigação pediu a realização de um exame de DNA. O resultado, que deverá sair dentro de um mês, servirá para comprovar que o cadáver é do idoso. A filha e o irmão da vítima cederam material genético na quarta-feira, quando foram ao litoral. Também está sendo analisada a radiografia de sua arcada dentária.
Somente com o reconhecimento é que os familiares poderão liberar o corpo para enterrá-lo em São Paulo.
Rio
O resultado das perícias que serão feitas no revólver, no cano da pistola e no silenciador também será encaminhado para policiais da 36ª Delegacia de Polícia, Santa Cruz, no Rio, que reabriu a investigação para esclarecer quem matou o empresário José. Em 2005, a vítima era ex-marido de Ieda, com quem teria tido um filho, agora com 18 anos. Atualmente, ela é mulher de Eduardo, com quem também teve outro filho, este com 10 anos.
O resultado das perícias que serão feitas no revólver, no cano da pistola e no silenciador também será encaminhado para policiais da 36ª Delegacia de Polícia, Santa Cruz, no Rio, que reabriu a investigação para esclarecer quem matou o empresário José. Em 2005, a vítima era ex-marido de Ieda, com quem teria tido um filho, agora com 18 anos. Atualmente, ela é mulher de Eduardo, com quem também teve outro filho, este com 10 anos.
A polícia do Rio quer saber se alguma das armas teria sido usada para matar José. O corpo dele foi encontrado com dois tiros na cabeça, dentro do carro que usava, na rua onde tinha uma empresa em sociedade com Ieda.
Na época, a advogada teria recebido um seguro pela morte do ex-marido, com quem ficou casada por mais de 10 anos. Apesar de separados, Ieda e José ainda chegaram a disputar a guarda do filho e o destino dos bens que haviam acumulado durante o relacionamento que tiveram.
Quando terminou o casamento com José, Ieda engatou outro romance. Este com Eduardo, que teria conhecido na internet em 2001. Segundo a investigação, o publicitário se mudou para o Rio, onde passou a morar com a advogada.
Policiais ouvidos pelo G1 contaram que um boletim de ocorrência de ameaça foi registrado por José contra Eduardo em 2002. Em 2005, foi a vez de Ieda dar queixa contra o empresário pelo fato de ele pegar o filho deles na escola sem o seu consentimento.
Em 20 de dezembro daquele ano, José foi encontrado morto dentro de seu automóvel, na Estrada dos Palmares, região de Santa Cruz. Um projétil e um estojo de pistola 380 foram apreendidos no local.
Em 20 de dezembro daquele ano, José foi encontrado morto dentro de seu automóvel, na Estrada dos Palmares, região de Santa Cruz. Um projétil e um estojo de pistola 380 foram apreendidos no local.
Ieda e Eduardo teriam sido investigados na época, mas como nada foi provado contra eles, o caso foi encerrado sem apontar culpados pelo assassinato de José. Existe a possibilidade de policiais da 36ª DP virem a São Paulo nesta sexta-feira (6) para falar com a investigação do 13º DP. Eles talvez queiram ouvir o depoimento de Eduardo. Também pode ocorrer o contrário, de policiais paulistas seguirem para o Rio.
fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/06/casal-suspeito-de-matar-zelador-em-sp-e-investigado-por-crime-no-rj.html
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