Currículo tem reforço em gêneros textuais e leitura de gráficos para a prova.
Colégio municipal teve bom desempenho na Prova Brasil, segundo o MEC.
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Prédio novo, bem cuidado, alunos uniformizados e inspetores por toda a parte. Quem entra pela primeira vez na escola Professora Dagmar Ribas Trindade não imagina se tratar de um colégio público. Mas a instituição localizada em uma comunidade carente no bairro Jardim Maria Cristina, em Barueri (SP), é prova de que os investimentos em infraestrutura e aulas extras podem render bons frutos. A primeira turma a cursar a 8ª série do Ensino Fundamental ou 9º ano na Dagmar conquistou pela instituição o primeiro lugar entre as escolas públicas do estado de São Paulo, segundo resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O desempenho foi divulgado na terça-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC).
Para o resultado, que levou em consideração as notas dos alunos na Prova Brasil 2011 e o rendimento escolar dos estudantes, o colégio apostou em aulas extras e de reforço, com conteúdo voltado especificamente para o exame. "Fizemos um levantamento do que era solicitado na Prova Brasil e intensificamos o trabalho nessas áreas, por meio de um projeto. Investimos em leitura, em aulas de gêneros textuais e interpretação de texto e, em matemática, reforçamos a compreensão e leitura de gráficos. E isso é feito desde a criação da escola, em 2010, inclusive com a aplicação de simulados", diz Goreth Silva, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental I.
A Escola Municipal Professora Dagmar Ribas Trindade, inaugurada há dois anos, é a primeira colocada na lista estadual das melhores escolas públicas de São Paulo, segundo o Ideb. A escola ocupa a 28ª posição no ranking nacional para a 8ª série do Ensino Fundamental, entre 30.842 escolas. Já a Escola Estadual Jardim Esperança, na Zona Sul de São Paulo, inaugurada no início do ano passado, tirou 2,1 em uma escala de 0 a 10 no Ideb. Foi o pior desempenho entre as escolas públicas do estado.
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Além das aulas, de professores auxiliares para cobrir faltas de educadores titulares e de plantões de dúvida fora do período de aulas dos alunos, a Dagmar, como é chamada pelos alunos e professores, conta com uma estrutura que preza pela saúde do estudante. Pelos corredores, não é difícil encontrar pontos com álcool em gel à disposição. O colégio oferece também, gratuitamente, consultas com fonoaudiólogos, odontologistas, psicopedagogos e equipes de enfermagem.
No currículo obrigatório, mais aulas que incentivam criatividade, a prática de exercícios físicos e o raciocínio lógico. A escola oferece aulas de inglês e espanhol, música, natação e xadrez. Alunos também contam com biblioteca e laboratórios equipados de informática, biologia, física e química. E para quem passa o dia todo em atividades na escola, são oferecidas até seis refeições.
“Acredito que um resultado como esse tenha sido conquistado com um conjunto de ações. Contamos com alunos empenhados, uma boa estrutura, profissionais dedicados e com a participação da comunidade. Esse é um bairro carente, mas é muito presente nas atividades da escola. A comunidade sofria com crimes, com toque de recolher e tudo mudou com a chegada da escola", diz a diretora Marlene Azevedo.
A escola existe há apenas dois anos e já conta com pouco mais de 1,7 mil alunos. A estrutura com 190 funcionários, sendo 89 professores, é bastante concorrida, o que levou o colégio a adotar vestibulinhos para o preenchimento de suas vagas. Apenas no primeiro ano, quando não é permitida a realização de prova, um sorteio. é feito A escola também não recebe alunos novos no 3º ano do Ensino Médio. A escola é mantida pela Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb), mantenedora de outras sete escolas.
Entenda o Ideb
O Ideb foi criado pelo MEC para medir a qualidade no ciclo básico de ensino. Ele é feito a cada dois anos e já tem quatro edições (2005, 2007, 2009 e 2011). Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho na Prova Brasil aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio.
O Ideb foi criado pelo MEC para medir a qualidade no ciclo básico de ensino. Ele é feito a cada dois anos e já tem quatro edições (2005, 2007, 2009 e 2011). Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho na Prova Brasil aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio.
Como a Prova Brasil pretende analisar a qualidade da turma com a maior abrangência, os alunos fazem provas diferentes que só podem ser avaliadas em conjunto. Assim, não há nota individual.
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