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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Greve 'trava' ano letivo, mas não afeta vestibulares de universidades federais



Matrículas do 2º semestre estão suspensas e calendário pode ir até 2013.
Instituições garantem, no entanto, que processos seletivos serão mantidos.

Do G1, em São Paulo*
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Assembleia na UFRJ decidiu pela continuidade da greve (Foto: Divulgação/ Sindicato professores UFRJ)Assembleia na UFRJ decidiu pela continuidade da
greve (Foto: Divulgação/Sindicato docentes UFRJ)
Salas vazias, matrículas do segundo semestre suspensas, indefinição sobre quando as aulas vão voltar e, principalmente, quando o ano letivo vai terminar. A greve dos professores das universidades federais completou três meses na sexta-feira (17). Na maioria das unidades, as matrículas do segundo semestre ainda não foram feitas, e a previsão do Ministério da Educação é que o ano letivo siga até fevereiro de 2013 em várias instituições.
As universidades garantem, no entanto, que os processos seletivos para a entrada de novos alunos no ano que vem não vão sofrer alterações. A maioria usa o Sistema Nacional de Seleção Unificada (Sisu), como processo seletivo, com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será no início de novembro. Outras fazem um processo misto, com algumas vagas do Sisu e outras pelo vestibular próprio da instituição.
Greve - Universidades Federais (Foto: Editoria de Arte/G1)
Em algumas universidades federais, os professores votaram pelo fim da paralisação, mas na grande maioria das 59 universidades federais a greve continua.  Até a noite de sexta-feira (17), cinco universidades haviam encerrado a greve: as federais do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e da Universidade de Brasília (UnB), de São Carlos (Ufscar) e de Santa Catarina (UFSC). Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), professores do campus de Guarulhos, na Grande São Paulo, votaram na quinta-feira (16) pelo fim da greve, que continua nos demais campi.
Além disso, 12 campi do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e três do Instituto Federal do Acre (IFAC) também decretaram o fim da paralisação, segundo nota divulgada pelo Ministério da Educação. O MEC afirmou ainda que "tem acompanhado junto às instituições os planos de reposição das aulas perdidas durante a greve e pretende supervisionar diretamente a aplicação do calendário letivo".
Enquanto a greve não termina -- pelo menos em 52 das 57 instituições participantes do movimento nacional ela segue sem previsão de fim --, as matrículas do segundo semestre estão suspensas tanto para alunos antigos quanto para calouros, já que as aulas do primeiro semestre ainda não foram concluídas na grande maioria dos cursos. Em alguns casos, os professores que finalizaram o semestre não lançaram as notas nos sistemas das instituições, já que os servidores técnicos e administrativos também estão parados. Veja abaixo a situação nas universidades federais:
Amazonas
Em decorrência da paralisação docente, iniciada no dia 17 de maio, o calendário acadêmico da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi comprometido. Segundo a reitoria, as atividades previstas em 36 dias letivos do primeiro semestre de 2012 deixaram de ser executadas. Além disso, 11 dias do segundo semestre já foram perdidos, já que o fim das férias de julho deveria ter ocorrido em 6 de agosto.
estudantes ufba (Foto: Jairo Gonçalves/G1)Na Ufba, o movimento estudantil também
decretou greve (Foto: Jairo Gonçalves/G1)
Bahia
Pelo menos 62 mil estudantes são afetados pela greve dos professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e do Instituto Federal Baiano (IF Baiano), que dura mais de três meses no estado. Na Ufba, as inscrições do vestibular foram adiadas, mas as datas das provas, em janeiro, foram mantidas.
Ceará
A greve na Universidade Federal do Ceará (UFC) e na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab)começou no dia 11 de junho, quase um mês depois da maior parte das universidades federais do país. De acordo com o pró-reitor de graduação da UFC, Custódio Almeida, a greve foi iniciada quando faltavam 12 dias para o término do primeiro semestre letivo e, por isso, 800 alunos já colaram grau. Com o fim da greve, ele afirma que o primeiro semestre deve ser concluído em três semanas.
Logo em seguida, serão iniciadas as matrículas para o segundo semestre. “A matrícula para o semestre só pode acontecer quando todas as notas são lançadas”, explica. Ele afirmou que o segundo semestre deve se prolongar até pelo menos fevereiro de 2013 ou por mais tempo, caso a paralisação não acabe em agosto.

Segundo a UFC, o ingresso na universidade não está prejudicado porque o processo é feito por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
A Unilab organiza seu calendário de 200 dias letivos em três trimestres de 67 dias. Quando a greve foi iniciada, a universidade havia encerrado o primeiro trimestre do ano. Portanto, o processo de matrícula para 292 novas vagas pode ser realizado. Após a matrícula dos convocados na 3ª chamada da lista de espera do SiSU, a Unilab continua com disponibilidade de 50 vagas em seis cursos e faz uma 4ª chamada da lista nos dias 21 e 22 de agosto.
Distrito Federal
Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram em assembleia na tarde da sexta-feira (17) encerrar a greve iniciada no dia 21 de maio. Segundo a assessoria da Associação dos Docentes da UnB (Adunb), o fim da greve foi aprovado por 130 votos a favor e 115 contra. Houve ainda três abstenções. As aulas na universidade serão retomadas na próxima segunda-feira (20).
Espírito Santo
A greve na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) completou três meses nesta sexta-feira (17) e nem todos os cursos conseguiram encerrar o primeiro semestre do ano letivo, que deveria ter terminado em julho. De acordo com a reitoria, a adesão ao movimento é parcial e, por esse motivo, alguns professores continuaram dando aulas normalmente até o período de recesso previsto pelo calendário acadêmico.
Já segundo a Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), a adesão é maior que 50%. Ainda não é possível realizar matrículas e rematrículas de alunos, já que o serviço foi suspenso pela instituição.
Goiás
A greve da Universidade Federal de Goiás (UFG) completou 67 dias na sexta-feira (17) e já é possível verificar prejuízos aos estudantes da instituição. O primeiro semestre não foi concluído e as matrículas para o segundo estão suspensas até que as atividades sejam retomadas. Na semana passada, duas colações de grau, dos cursos de medicina veterinária e agronomia, foram suspensas. Se a paralisação continuar, outras 11, previstas para setembro, poderão ser afetadas.
Segundo a pró-reitora de graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves, o semestre não foi concluído pois, devido à greve dos servidores e dos professores, não havia todas as notas no sistema.
Maranhão
Não há previsão para retomada das aulas na Universidade Federal do Maranhã (UFMA). Quando a greve acabar os professores vão definir a reposição das aulas. Segundo o diretor da Associação de Professores da Universidade Federal do Maranhão (Apruma), Vilemar Gomes da Silva, o calendário acadêmico será reformulado após o fim da paralisação, e a adesão dos docentes ao movimento, que chegou a ser de 100% no início da greve, hoje gira em torno de 80% do total de professores.
Mato Grosso
Os professores da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) estão em greve há 93 dias. Ainda não há previsão de retomada do calendário letivo, que está suspenso para 19.385 estudantes. A Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) afirma que rejeitou a proposta do governo porque defende que os reajustes propostos tenham que ser aplicados em cima dos salários com base na inflação prevista para o período.
 Mato Grosso do Sul
Por conta da greve dos professores, os alunos da Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD) perderam 34 dias de aulas no fim primeiro semestre e 17 dias no segundo semestre. As notas dos alunos não foram lançadas no sistema da universidade. De acordo com o calendário acadêmico da UFGD, as aulas do segundo semestre deveriam começar no dia 30 de julho, mas até o momento, as matrículas não foram abertas. Já são 51 dias letivos perdidos até agora.
A assessoria de imprensa da UFGD informou ao G1 que, assim que for decretado o fim da greve, o calendário acadêmico será alterado para que sejam estabelecidos novos prazos e novas grades de aulas para os cursos. A assessoria informou ainda que a universidade não abriu as matrículas para o segundo semestre, porque o primeiro não foi encerrado.

Ainda de acordo com a universidade, os acadêmicos não correm o risco de perder o segundo semestre, mas poderão ocorrer atrasos no término das aulas. A forma como ocorrerá a reposição de aulas só será definida após o fim da paralisação na instituição.
Na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), os professores seguem em greve e vão debater a proposta mais recente do governo em assembleias nos 11 campi da instituição.
Sala de aula vazia na UFMG (Foto: Alex Araújo/G1)Sala de aula vazia na UFMG (Foto: Alex Araújo/G1)
Minas Gerais
De acordo com a reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), poucas aulas foram perdidas no primeiro semestre por causa da greve de professores, e mais de 50% das notas foram lançadas no diário eletrônico, ainda que muitas ainda estejam pendentes. Já em relação ao segundo semestre, as atividades deveriam ter tido início no dia 6 de agosto, mas até esta sexta-feira já são nove os dias de aula que vão precisar de reposição.
A instituição ressaltou que haverá reposição integral, porém, o calendário vai ser definido após a finalização da greve. Matrículas de calouros e veteranos não foram prejudicadas, e o próximo vestibular vai ser realizado normalmente. As inscrições vão até o dia 10 de setembro.
As aulas também estão suspensas há três meses nas dez unidades do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), mas as matrículas dos novos alunos foram feitas normalmente, e o calendário do vestibular permanece o mesmo. “Estamos simulando o calendário considerando cada segunda-feira como possível início de aulas, independente do plano político”, disse diretor-geral da instituição, Marcio Basílio. No entanto, ainda não há previsão para o recomeço das aulas.
Nas universidades federais de Lavras (Ufla), São João del Rei (UFSJ) Juiz de Fora (UFJF), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e Viçosa (UFV), nenhum curso encerrou o primeiro semestre, mas ainda não há uma definição de reposição de aulas. As matrículas do segundo semestre estão suspensas para novos e antigos alunos, e o calendário do vestibular 2013 não deve sofrer mudanças.
Os alunos da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) também estão sem aulas há mais de 90 dias e apenas o 9º período de medicina concluiu o primeiro semestre. De acordo com o pró-reitor da universidade, Jorge Adílio Penna, as aulas serão repostas e não há risco de perda do semestre. Quem passou no vestibular no meio do ano só será matriculado após a definição do segundo semestre letivo. Para os veteranos, a matrícula também está suspensa, mas a seleção das vagas para 2013, feitas pelo Sisu, não está comprometida.
Na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), todos os cursos estão atrasados porque a adesão foi total. As matrículas e o calendário do segundo semestre estão suspensos até o fim da paralisação, mas, segundo a reitoria, o vestibular de 2013 está ameaçado.
Já na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), os professores não aderiram à greve nacional, mas as aulas estão suspensas por causa da greve dos técnicos administrativos. Segundo a assessoria da universidade, não há previsão para o início das aulas.
Paraná
A reposição de aulas na Universidade Federal do Paraná (UFPR) deve ser negociada com os professores apenas quando a greve terminar. As notas que foram lançadas no sistema após a deflagração do movimento não foram computadas. Para os calouros que começariam as aulas em agosto, a UFPR afirma que vai garantir as vagas mesmo que haja cancelamento do calendário previsto. O vestibular está mantido e as inscrições começaram na sexta (17).
O calendário letivo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) está suspenso desde 29 de junho em todos os campi, menos o de Guarapuava. Não há definição sobre a reposição das aulas e os alunos não concluíram o primeiro semestre. As matrículas para o segundo semestre ainda não foram iniciadas e por enquanto, não há definição. A universidade ainda informou que apenas as duas primeiras chamadas do Sisu, feitas pelo MEC, foram cumpridas. As demais convocações serão feiras pela Pró-Reitoria de Graduação na terça-feira (21).


Já na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), somente quando a greve acabar os alunos vão terminar o primeiro semestre e serão feitas as matrículas para o segundo semestre. O processo seletivo utilizado pela universidade é o Enem, e de acordo com a reitoria, não há definição de como e quando os novos alunos serão selecionados.
Paraíba
Segundo a assessoria da associação dos docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), não há risco de cancelamento do semestre na instituição. A reposição das aulas só será discutida quando houver um acordo. O calendário do vestibular ainda está mantido, e a Coperve informou que o prazo de inscrições foi ampliado.
A paralisação na Universidade Federal de Campina Grande completou três meses nesta sexta com aulas suspensas e todos os cursos sem conclusão. Não deve haver cancelamento de semestre, mas, até agora, nenhum aluno foi matriculado no segundo período letivo. O calendário do vestibular da instituição está mantido.
Pernambuco
As universidades Federais de Pernambuco (UFPE), Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Vale do São Francisco (Univasf) informaram que a greve não altera o vestibular do ano que vem. UFRPE e Univasf têm seleção exclusiva pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e, com isso, têm o calendário definido pelo Ministério da Educação. A UFPE, que possui seleção própria atrelada ao Enem, informa que também não deve ter alterações.
As instituições esperam o fim do movimento grevista para poderem reordenar o calendário e estudar como as aulas podem ser repostas. Na UFRPE, as matrículas para o segundo semestre devem acontecer apenas após a conclusão do primeiro semestre. Os novos alunos, que fizeram a matrícula no começo do ano, não precisam se preocupar. A universidade informa que as vagas estão garantidas, a questão é apenas o início das aulas. Na UFPE e Univasf, o calendário acadêmico só deve ser discutido após a finalização do movimento grevista.
Rio de Janeiro
A assessoria de imprensa da Universidade Federal Fluminense (UFF), que aderiu à paralisação em 22 de maio, afirmou que a reposição dos dias de aulas perdidos --até agora, são 36-- só será definida após o encerramento do movimento grevista. Para o vestibular 2013, a UFF vai oferecer todas as suas vagas pelo Sisu, que não deve ter o cronograma alternado. No entanto, apesar de matriculados no primeiro semestre, os estudantes aprovados só devem iniciar o ano letivo de 2013 em maio.

Na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) o calendário será reformulado para atender aos 200 dias letivos exigidos pela Lei de Diretrizes Básicas. Haverá um intervalo de 15 dias entre os períodos. O calendário também só será aprovado após o fim da greve. As matrículas para o segundo semestre já foram efetuadas no início do ano pelo Sisu, já que a universidade adotou o Enem como avaliação de ingresso. As vagas oferecidas para o vestibular 2013 não serão alteradas.
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a greve continua e não há previsão para definição do calendário letivo. O processo seletivo será feito pelo Sisu, com as notas do Enem.
Rio Grande do Norte
Na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), o segundo semestre não tem data para começar, nem as matrículas dos alunos que conseguiram vaga na instituição por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O Exame Nacional do Ensino Médio é a única forma de ingresso na Ufersa.
Rio Grande do Sul
Desde que a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) aderiu ao movimento nacional de greves e paralisou suas atividades, o panorama nas instituições federais de ensino gaúchas segue inalterado. As universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande (Furg), de Pelotas (Ufpel), do Pampa (Unipampa), de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e o não encerraram oficialmente o primeiro semestre.
Com a exceção dos alunos da UFCSPA e do curso de economia da Ufpel, os calendários acadêmicos das universidades restantes permanecem indefinidos.
Na maior universidade federal do Rio Grande do Sul, a UFRGS, os professores decidiram encerrar a greve em assembleia no dia 6 de agosto. O novo cronograma de matrículas para o segundo semestre será definido no dia 22 de agosto, após reunião do Conselho de Extensão e Pesquisa (CEP). A instituição já levantou a possibilidade de que as aulas sejam estendidas até janeiro de 2013. Os servidores da universidade seguem em greve.

Rondônia
Por causa da greve, o calendário do segundo semestre, as matrículas e o vestibular 2013 estão suspensos na Universidade Federal de Rondônia (Unir). Nenhum curso da instituição teve o primeiro semestre concluído, já que todos aderiram à greve. Até agora, portanto, nenhum aluno teve as notas lançadas no portal.
Um dos prejuízos mais sérios para os estudantes, segundo a Unir, é que muitos têm perdido oportunidades de emprego pela falta do diploma. Quem passou no concurso público para professor municipal e precisava do diploma para ser contratado não pôde assumir o cargo.
As turmas dos cursos de enfermagem, direito e medicina previstas para agosto não iniciaram o semestre. O vestibular previsto para 54 dos 56 cursos da universidade também fica temporariamente suspenso e será normalizado apenas após o fim da greve.
Santa Catarina
A greve na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi encerrada na quinta-feira (16), mas a reposição das aulas ainda será discutida. Os professores aguardam o fim da greve dos técnicos-administrativos. As aulas deveriam ter começado dia 6 de agosto. Com o anúncio do fim da greve dos professores, nova data deve ser definida pelo Conselho Universitário na próxima semana. De acordo com a instituição, não é necessário que os estudantes façam nova matrícula.
São Paulo
Os alunos do campus de São José dos Campos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) já perderam 35 dias letivos até a sexta-feira (17). O problema arrasta para 2013 a formatura da terceira turma, que iria se formar no fim deste ano, já que ainda não há definição sobre o calendário de reposição das aulas. O segundo semestre terá início apenas quando forem concluídas as aulas do primeiro semestre. Já no campus de Guarulhos, os professores encerraram a greve na quinta-feira (16). A data para o retorno às aulas, no entanto, só será definida na quinta-feira (23), em uma nova reunião com a congregação.
Mesmo com o fim da greve de 49 dias dos professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), estudantes ainda enfrentam dificuldades por conta da greve dos servidores, deflagrada no dia 11 de junho. Fazer a matrícula para o segundo semestre por meio do portal do aluno, por exemplo, não é possível.
Sergipe
Os estudantes antigos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) não conseguiram se matricular no segundo semestre do ano letivo, já que a instituição só vai ajustar o calendário após a reposição das aulas do primeiro semestre, que ainda não acabaram. Os professores continuam em greve e pedem que o governo reabra as negociações sobre a reestruturação da carreira docente. O novo calendário só será discutido após o fim da paralisação.
Já os calouros aprovados na universidade no processo seletivo de meio de ano continuam sem data para efetuar sua matrícula. A universidade, porém, descarta o risco do cancelamento dessas novas turmas.
Colaboraram o G1 AM, G1 BA, G1 CE, G1 DF, G1 ES, G1 GO, G1 MA, G1 MG, G1 MS, G1 MT, G1 PA, G1 PB, G1 PE, G1 PR, G1 RJ, G1 RS, G1 SC, G1 SE e G1 SP

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