Eles terão desconto no salário a ser pago em setembro, segundo ministério.
Para o governo, há 70 mil servidores em greve; para sindicatos, 350 mil.
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O Ministério do Planejamento divulgou na noite desta terça (21) o corte do ponto de 11.495 servidores públicos federais em greve.
De acordo com o ministério, eles sofrerão o desconto dos dias parados no salário de agosto, a ser pago a partir de 1º de setembro. Na folha salarial de julho (pagamento em agosto), os descontos atingiram 1.972 grevistas, segundo informou o ministério.
De acordo com a assessoria do Planejamento, o corte do ponto de professores universitários que aderiram à greve será decidido pelas direções das universidades federais, que têm autonomia para isso.
O governo estima em 70 mil o número de servidores em greve. Segundo os sindicatos das categorias em greve, 350 mil servidores federais paralisaram as atividades em todo o país.
De acordo com o Ministério do Planejamento, há 582,4 mil servidores ativos no Poder Executivo.
Negociações
Das nove reuniões de negociação com representantes de categorias de servidores federais previstas para esta terça-feira no Ministério do Planejamento, quatro foram mantidas na agenda do secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça.
Das nove reuniões de negociação com representantes de categorias de servidores federais previstas para esta terça-feira no Ministério do Planejamento, quatro foram mantidas na agenda do secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça.
A primeira, com funcionários do Hospital das Forças Armadas (HFA), terminou sem acordo após o governo apresentar a proposta de 15,8% de reajuste dividido em três anos, a mesma oferta que vem fazendo a todas as categorias.
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Segundo Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef – entidade que representa os cerca de mil funcionários do HFA, a proposta do governo "não atende à demanda dos servidores, já que nem repõe a inflação nem reestrutura a carreira”.
Por meio de sua assessoria, o Ministério do Planejamento afirmou que o reajuste de 15,8% dividido em três anos é o "limite" que o governo tem a oferecer.
Mendonça também negociaria com agentes penitenciários, com a Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Agropecuário (Anteffa) e com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguro Social (CNTSS).
Devido ao atraso das demais reuniões, acabou sendo adiada para esta quinta-feira (23) a conversa com a Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapf).
Insatisfeita com a proposta do Planejamento, a entidade que representa agentes, escrivães e papiloscopistas adotou operação-padrão na semana passada e fez com que a Advocacia-Geral da União entrasse na Justiça contra a medida.
O Superior Tribunal de Justiça deferiu o pedido do governo e proibiu operações-padrão em todos os aeroportos, portos e fronteiras do país sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
Outra reunião que acabou sendo adiada para esta quarta-feira (22) foi a do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores.
Por meio de nota, a entidade informou que convocou para esta quarta uma greve dos funcionários do Itamaraty como forma de protesto pelo fato de a reunião com a categoria não ter ocorrido.
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