Caminhoneiros bloquearam uma das pistas da BR-277, a principal rodovia do Paraná. O protesto é contra a demora na liberação das cargas que entram e saem do Brasil por Foz do Iguaçu.
As cenas caóticas se repetiram de norte a sul do país. Trânsito congestionado, caminhões parados, atrasos e muita reclamação.
Caminhoneiros bloquearam uma das pistas da BR-277, a principal rodovia do Paraná. “É intolerável a situação que está hoje. Família junto com o motorista passando indignação. Motorista parado há 20 dias, parado dentro da estação aduaneira, sem alimentação, sem condição nenhuma”, lamenta César Luiz, caminhoneiro.
O protesto é contra a demora na liberação das cargas que entram e saem do Brasil por Foz do Iguaçu. Os motoristas não têm conseguido seguir viagem porque funcionários de três órgãos federais que fiscalizam os caminhões estão em greve. São os auditores da Receita Federal, os fiscais da Anvisa e do Ministério da Agricultura. Há mil caminhões parados, no pátio do Porto Seco e outros 700 esperando do lado de fora.
“Já começou afetar o pai de família a não poder levar sustento pra casa, o autônomo não poder pagar a prestação do caminhão e a empresa não poder sanar com seus compromissos”, explica Nereu da Silva, presidente do Sindicato dos Motoristas.
Na alfândega da Ponte da Amizade, foi a operação padrão dos policiais federais e dos rodoviários federais que provocou lentidão. Todos os carros e motos foram fiscalizados. Essa fronteira com o Paraguai é mais movimentada do Brasil. Por dia, 15 mil veículos passam por ela.
O movimento dos agentes que optaram por vistorias minuciosas causou tumultos em várias regiões do país. Na cidade gaúcha de Uruguaiana, uma fila de caminhões se formou para entrar e sair do Brasil.
Em São Paulo, a Rodovia Presidente Dutra ficou congestionada. Em Mato Grosso do Sul, os policiais rodoviários fiscalizaram até uma carroça. No Paraná, a Polícia Federal suspendeu a emissão de passaporte. A média de 500 documentos emitidos por dia caiu para zero. Os servidores pedem aumento de salário, reestruturação da carreira, e contratação de mais policiais.
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