Imagens mostram homens ameaçando colega de profissão com facão.
Um caminhoneiro foi agredido e, na fuga, se feriu e foi levado a hospital.
9 comentários
Manifestantes usaram de força bruta para coibir caminhoneiros que não aderiram ao protesto que começou na tarde de domingo (29) na Rodovia Presidente Dutra. Imagens feitas pela TV Rio Sul, afiliada da TV Globo no Sul Fluminense, mostram os caminhoneiros que aderiram à greve ameaçando com facões os colegas. Um homem foi agredido e, na tentativa de fuga, acabou ferido e foi levado para o hospital, como mostrou o Bom Dia Rio, nesta terça-feira (31).
saiba mais
Às 7h30, o tráfego na Via Dutra apresentava 18 km de retenções no sentido Rio e outros 13 km no sentido contrário. Agentes da Polícia Rodoviária Federal impediam que os manifestantes ocupassem a faixa que estava liberada ao tráfego de carros e ônibus.
A vítima, de 39 anos, foi encaminhada para o Hospital de emergência de Resende, no Sul Fluminense. Ele teria tentado furar o bloqueio e foi impedido por manifestantes e, na fuga, caído em um buraco. Ele foi levado para o Centro de Tratamento Intensivo da unidade.
A vítima, de 39 anos, foi encaminhada para o Hospital de emergência de Resende, no Sul Fluminense. Ele teria tentado furar o bloqueio e foi impedido por manifestantes e, na fuga, caído em um buraco. Ele foi levado para o Centro de Tratamento Intensivo da unidade.
Alguns caminhões que tentavam furar o bloqueio na manhã desta terça-feira (31), também foram impedidos.
Na segunda (30), o homem que ameaçava os colegas que não aderiram a greve, ao notar a presença da equipe de reportagem da emissora, escondeu o instrumento. Em seguida, aborda uma carreta em movimento e usa a força para fazer o motorista parar o veículo.
Algumas pessoas passaram mais de sete horas na estrada e motoristas ficaram revoltados. Segundo representantes do Sindicato das Transportadoras de Cargas do Sul Fluminense, os grevistas foram para a Via Dutra preparados para ocupar a via por dias, se for preciso. A Polícia Rodoviária Federal calcula que 50 mil veículos tenha sido afetados pela paralisação.
Na segunda (30), o homem que ameaçava os colegas que não aderiram a greve, ao notar a presença da equipe de reportagem da emissora, escondeu o instrumento. Em seguida, aborda uma carreta em movimento e usa a força para fazer o motorista parar o veículo.
Algumas pessoas passaram mais de sete horas na estrada e motoristas ficaram revoltados. Segundo representantes do Sindicato das Transportadoras de Cargas do Sul Fluminense, os grevistas foram para a Via Dutra preparados para ocupar a via por dias, se for preciso. A Polícia Rodoviária Federal calcula que 50 mil veículos tenha sido afetados pela paralisação.
Manifestação entra no 3º dia
A manifestação de caminhoneiros que completou 24 horas, por volta das 18h desta segunda-feira (30), e causou transtornos aos motoristas que tentaram trafegar pela Via Dutra. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 50 mil veículos foram atingidos com a paralisação, como mostrou o RJTV, até o final da tarde.
A manifestação de caminhoneiros que completou 24 horas, por volta das 18h desta segunda-feira (30), e causou transtornos aos motoristas que tentaram trafegar pela Via Dutra. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 50 mil veículos foram atingidos com a paralisação, como mostrou o RJTV, até o final da tarde.
Os caminhões ocupam as pistas nos dois sentidos da via (Rio e São Paulo). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Carga do Sul Fluminense, o número de veículos parados na via chegou a 5 mil. O sindicato informou ainda que os manifestantes vieram preparados para passar dias na rodovia, se for preciso.
Nas rodoviárias, foram registradas horas de espera e desistências por parte dos passageiros. A manifestação de caminhoneiros na Via Dutra só deixa uma pista de rolamento livre para a passagem de veículos de passeio, nos dois sentidos.
Os policiais rodoviários orientam os motoristas para que evitem pegar a Via Dutra nas imediações do trecho que está com problemas.
Desde a semana passada, caminhoneiros realizam manifestações e fecham estradas em vários estados do país em protesto contra a lei que regulamenta a jornada de trabalho da categoria.
A Lei Federal 12.619 obriga o trabalhador a ter descanso de 11 horas entre duas jornadas de trabalho, uma hora por dia de parada para almoço e repouso de 30 minutos a cada quatro horas rodadas. A lei foi publicada pelo Governo federal no dia 30 de abril e tem como objetivo evitar que motoristas rodem dia e noite sem paradas, para diminuir o número de mortes nas estradas.
A PRF iniciou fiscalização nesta segunda. “A fiscalização vai ser feita através do tacógrafo do veículo, que é o equipamento que registra o tempo de direção, velocidade e distância percorridas. No caso da impossibilidade da verificação do tacógrafo, nós vamos fiscalizar através da papeleta, que é um documento que todos os motoristas, inclusive os autônomos, devem portar, onde ele vai registrar o tempo de direção, a parada e a saída do veículo”, explica o inspetor da PRF José Hélio Macedo. Se descumprirem a determinação, os condutores poderão ser multados.
ProtestosDe acordo com o presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro, Nélio Botelho, as principais reivindicações dos caminhoneiros referem-se ao valor recebido pelo serviço de frete, à forma de pagamento pelo serviço, atualmente feita com o uso do chamado cartão-frete, e à falta de estrutura para descanso. O movimento defende os interesses de motoristas autônomos, empregados e comissionados, empresas de transporte e cooperativas de transporte de cargas.
Segundo Botelho, o valor do frete, na maioria dos casos, não cobre os custos de manutenção dos veículos. Além disso, ele alega que a concorrência é muito grande na função, devido à mudança na lei 11.442 a partir de resolução da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). De acordo com o representante do movimento, a resolução 3.056 amplia de quatro para 18 as categorias que podem operar transporte de frete no país.
Até a resolução, o serviço podia ser explorado apenas por transportador autônomo que tivesse o transporte de carga como atividade principal ou empresa que tivesse no transporte rodoviário de carga sua principal atividade econômica. Atualmente, vários tipos de empresas têm conseguido a autorização da ANTT, injetando mais de 600 mil veículos no mercado, segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro. A categoria pede a revogação da resolução 3.056.
É questionado também o uso do cartão-frete, instituído como forma de pagamento pela resolução de número 3.658 da ANTT. O dinheiro pode ser sacado pelo caminhoneiro ou usado para abastecer, pagar fornecedores, como bares, lanchonetes e restaurantes, porém não estaria sendo bem aceito nos estabelecimentos. Para a categoria, o melhor seria o recebimento em dinheiro ou cheque.
Já sobre a carga horária, a lei estipula que a jornada de trabalho pode chegar a 13 horas diárias e que haja um intervalo de 11 horas para o descanso. No entanto, os caminhoneiros reclamam que não há pontos de parada e locais para fazer higiene pessoal adequados. O Movimento União Brasil Caminhoneiro pede que a fiscalização seja adiada em um ano e que melhorias sejam feitas.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que discutirá com transportadoras e caminhoneiros novas regras para a regulação do setor. A agência também informou que busca o aperfeiçoamento dos requisitos para inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas e das normas relativas ao pagamento eletrônico de frete.
Nenhum comentário:
Postar um comentário