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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Juros para pessoa física têm novo recorde de baixa, aponta BC



Taxa média cobrada para pessoas físicas ficou em 36,5% em junho.
Volume de crédito chegou a R$ 2,167 trilhões e também bateu recorde.

Do G1, em São Paulo
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Volume de crédito para habitação cresceu
40,6% em 12 meses
A taxa média de juros cobrada nas operações de crédito para as pessoas físicas bateu novo recorde de baixa em junho, a 36,5% ao ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Banco Central. É o menor patamar da série histórica do BC, que tem início em julho de 1994.
Em maio, a taxa média cobrada das pessoas físicas ficara em 38,8%. Em 12 meses, a queda na taxa média cobrada foi de 9,6 pontos percentuais.
Segundo o BC, a queda na taxa de financiamentos para veículos foi destaque no mês, recuando de 23,4% a.a. em maio para 20,7% no mês passado. A taxa do cheque especial também recuou no mês, passando de 169,5% para 167,1% ao ano. Já no crédito pessoal a taxa passou de 41,4% para 36,9%.
Nos créditos a empresas, a taxa média decresceu para 23,8%, a taxa mais baixa desde dezembro de 2007.
Taxa geral e spread bancário
A taxa média de juros das modalidades que compõem o crédito referencial  – pessoas física e jurídica – atingiu 31,1% a.a. em junho, marcando quedas de de 1,8 ponto percentual no mês e 8,4 p.p. em doze meses.
No mesmo sentido, o chamado spread bancário (que é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros cobrados dos tomadores finais do crédito) apresentou quedas de 1,5 p.p. no mês e 4,1 p.p. em doze meses, situando-se em 23,2 pontos percentuais.
Volume de crédito
O Banco Central aponta que, em junho, as operações de crédito do sistema financeiro mantiveram ritmo de expansão similar ao observado no mês anterior, "em linha com o desempenho moderado da atividade econômica".
O volume de crédito oferecido pelos bancos, computadas as operações com recursos livres e direcionados, atingiu R$ 2,167 trilhões em junho – um novo recorde histórico. O valor representa uma alta de 1,5% na comparação com o mês anterior, e expansões de 6,8% no semestre e 17,9% em doze meses.
A elevação da oferta de crédito, no entanto, veio dos bancos públicos: a participação das instituições financeiras públicas no total da carteira de crédito subiu para 45,1%, enquanto a dos bancos privados nacionais e estrangeiros recuaram, respectivamente, para 38% e 16,9%.
Segundo o BC, o saldo total de crédito bancário equivale a 50,6% do PIB, comparativamente a 50,1% no mês anterior e 46,1% em junho de 2011.
O crédito com recursos livres, que corresponde a 64,1% do estoque total do sistema financeiro, somaram R$ 1,388 trilhão em junho, avançando 1,4% no mês, 6,4% no semestre e 15,7% em doze meses. O saldo dos empréstimos a empresas elevou-se 1,8% no mês, ao totalizar R$ 700 bilhões, refletindo aumento de 2,2% nas operações com recursos internos.
Os empréstimos a pessoas físicas alcançaram R$ 688 bilhões, com acréscimos de 0,9% no mês, 5,7% no ano e 14,4% em doze meses, destacando-se as contribuições dos financiamentos de veículos e do crédito pessoal.
O crédito direcionado atingiu R$ 779 bilhões em junho, após incrementos de 1,7% no mês, 7,4% no ano e 21,8% em doze meses. Nesse segmento permanece significativo o impulso proveniente do crédito habitacional, cujo saldo registrou expansão mensal de 2,8%, para R$ 235,4 bilhões – uma alta de 40,6% em 12 meses.
O saldo das operações de crédito rural cresceu 1,7% e, o relativo aos financiamentos do BNDES, 1,1%.

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