Laszlo Csatary, 97, é acusado de envolvimento em 15.700 mortes de judeus.
Ele afirou que é inocente e que estava 'cumprindo ordens'.
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O criminoso de guerra nazista considerado o mais procurado do mundo, o húngaro Laszlo Csatary, de 97 anos, vai ficar em prisão domiciliar, por uma decisão do juiz, informou seu advogado.
A prisão vale por 30 dias, afirmou seu advogado Gabor Horvath.
Csatary foi detido na madrugada desta quarta-feira e "disse não ser culpado", argumentando que "estava cumprindo ordens", informou o procurador de Budapeste, Tibor Ibolya.
No domingo, o Centro Wiesenthal, um grupo de defesa de direitos humanos especializado em assuntos relacionados ao Holocausto, havia noticiado que Csatary tinha sido encontrado.
"Confirmo que Laszlo Csatary foi identificado em Budapeste", declarou Efraim Zuroff, do Centro Wiesenthal. "O jornal 'The Sun' pôde fotografá-lo e filmá-lo graças a informações que fornecemos em setembro de 2011", acrescentou.
Csatary era o chefe da polícia do gueto judeu da cidade eslovaca de Kosice, no qual cerca de 15.700 judeus foram assassinados ou dali levados ao campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, durante a ocupação pela Alemanha nazista deste país que era até então a Tchecoslováquia.
"Há 10 meses, um informante nos deu elementos que nos permitiram localizar Laszlo Csatary em Budapeste. Este informante recebeu US$ 25 mil que prometemos em troca de informações que permitam encontrar criminosos nazistas", disse Zuroff.
Condenado
Em abril, o Centro Wiesenthal colocou Csatary no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do mundo.
Em abril, o Centro Wiesenthal colocou Csatary no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do mundo.
Csatary foi condenado à morte à revelia em 1948, por um tribunal tcheco, mas desapareceu misteriosamente após se esconder nas cidades canadenses de Montreal e Toronto. Posteriormente, com uma identidade falsa, dedicou-se a comercializar objetos de arte.
Há cerca de 15 anos, autoridades canadenses descobriram a verdadeira identidade de Csatary, e, por isso, ele voltou a desaparecer, desta vez escondendo-se na Hungria, segundo Zuroff.
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