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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Esportista usa 'veículo ecológico' na Cúpula dos Povos



Erivaldo Barbosa usou peças de bicicleta e aço inox para montar dirty surf.
Sob duas rodas, ele diz que pessoas sempre perguntam onde está o guidão.

Glauco AraújoDo G1 RJ
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O esportista Erivaldo José Barbosa, 50 anos, chamou a atenção das pessoas que circularam pela Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, na tarde deste domingo (17), usando um meio de transporte diferente e "ecologicamente correto", como ele mesmo define.
Trata-se do dirty surf, que é uma espécie de bicicleta sem guidão e pedal ou skate com roda de bicicleta.
Barbosa disse usou peças de bicicleta para montar o equipamento com peças tubulares de aço inox. Segundo ele, a vantagem do dirty surf para o skate é a segurança, pois este equipamento tem sistema de frenagem. "Assim conseguimos descer uma ladeira com mais tranquildade", disse. O freio é acionado pela perna, que for posicionada para trás, pressionando uma alavanca para trás.
"Demorei dois anos para construir esse modelo. Gastei algo entre R$ 500". Ele informou que o criador do dirty surf é australiano e que o equipamento foi  patenteado naquele país. O custo para comprar um modelo pronto, importado da Austrália, custa cerca de R$ 2,5 mil.
No Rio Grande do Sul, praticantes de esportes radicais foram os primeiros a adotar o dirty surf como alternativa para skate, assim como já ocorre na Austrália, onde a modalidade é mais popular.
Mobilidade urbanaEm seu cotidiano, Barbosa afirmou que se desloca com o dirty surf da Lapa, onde mora, até o Leblon, onde trabalha. "São cerca de 40 quilômetros por dia. Esse é um meio de transporte que não polui além do que já poluímos."
Ele circulou pela Cúpula dos Povos procurando algum evento relacionado a esportes radicais e mobilidade limpa. "O dirty surf tem tudo a ver com a natureza e com a sustentabilidade que procuramos em um evento como esse."
Barbosa disse que as pessoas sempre o abordam nas ruas do Rio para perguntar como ele consegue andar "numa coisa" como essa. "Eu sempre respondo que é só tentar que consegue. É igual a andar de bicicleta, depois que aprende não esquece mais. Não tem perido de cair".

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