Animal não é venenoso, mas mata por sufocamento, diz Polícia Ambiental.
Réptil foi visto pela primeira vez na sexta-feira, no forro do quarto do casal.
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Uma cobra de cerca de 30 centímetros apareceu no forro do teto de um apartamento no 15º andar de um prédio de Águas Claras, no Distrito Federal. Os moradores do apartamento não sabem como o animal foi parar no local.
A cobra foi vista pela primeira vez na sexta-feira passada, no forro de gesso do quarto do casal. Nesta segunda-feira, policiais ambientais tentaram capturar o animal pela terceira vez, mas não avistaram o réptil.
De acordo com o cabo da Polícia Ambiental Chames Almeida, aparentemente o animal é da espécie píton. Apesar de não ser venenosa, o animal mata por constrição (se enrola na presa e a sufoca por esmagamento até a morte).
A suspeita é de que a cobra tenha saído de outro apartamento. “É uma espécie exótica que é criada por alguém como animal de estimação”, disse Almeida.
Na busca pelo animal, o forro do teto já foi quebrado pela polícia em uma das tentativas de captura. “Mesmo sabendo que o animal não é venenoso, ninguém fica tranquilo com uma cobra pendurada no teto do quarto”, disse o morador do apartamento, o policial civil Rodrigo Piante.
A presença da cobra mudou a rotina do casal que vive no apartamento. “Tivemos que dormir na sala na sexta-feira, depois de trancar a porta do quarto. No sábado a polícia veio aqui de manhã, mas dormimos fora porque eles não conseguiram vê-la. No domingo, quando chegamos de noite, ela estava no teto novamente”, afirmou Piante.
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A administração do condomínio colocou um aviso no elevador informando sobre o réptil. O aviso diz que “foi vista uma cobra no condomínio", mas que "não é necessário alarde", porque o animal não é venenoso.
O morador do apartamento invadido pelo animal informou que nenhum possível dono da cobra se manifestou sobre a suposta perda do bicho. A Polícia Ambiental não informou para onde a serpente será levada após a captura.
Cobra do milho
O biólogo e diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan, em São Paulo, Giuseppe Puorto, analisou as imagens da cobra veiculadas pela TV Globo. De acordo com Puorto, o animal é da espécie exótica corn snake, conhecida no Brasil como cobra do milho.
O biólogo e diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan, em São Paulo, Giuseppe Puorto, analisou as imagens da cobra veiculadas pela TV Globo. De acordo com Puorto, o animal é da espécie exótica corn snake, conhecida no Brasil como cobra do milho.
Puorto disse que a serpente não é venenosa. Ele também explicou que cobras pequenas não costumam matar por enforcamento. “Com trinta centímetros, não vai enrolar e matar ninguém. Mas com dois a cinco metros de comprimento, se pegar uma criança sozinha, ela pode matar por asfixia”, afirmou.
O biólogo informou, ainda, que é comum que cobras consideradas dóceis sejam criadas como animais de estimação, mas que animais exóticos não tem autorização dada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Com certeza alguém tem esse bicho ilegalmente e deixou fugir. Não existe autorização para criar esse tipo de animal porque a importação dele é proibida pelo Ibama. É um animal da fauna exótica e se cair na natureza pode trazer doenças que nossos animais não têm”, disse Puorto.
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