Em São José dos Campos, a atividade dos flanelinhas não existe legalmente |
Quem precisa estacionar em São José dos campos conhece há tempos uma categoria já incorporada ao dia-a-dia das ruas. Ninguém sabe ao certo quantos eles são, mas basta uma volta pela cidade para encontrar os chamados flanelinhas. Apesar de não existir oficialmente, a categoria convive pacificamente com agentes de trânsito e dribla o sistema de parquímetros. Entre os motoristas, sobram reclamações de quem já paga pela zona azul. Se não pagar... O aposentado Marcílio Zanchetin sempre avisa logo de início aos guardadores que não vai pagar. O resultado disso ele vê na lataria do carro. "Meu carro já foi riscado porque eu saí sem que eles vissem ou eles não estavam perto e numa sequência disso meu carro apareceu riscado". "A gente paga zona azul, paga os impostos e se não der o dinheiro pro flanelinha vamos arrumar rolo", comentou outro morador. Esquema para burlar parquímetros A maior reclamação é dos flanelinhas que tomam conta das vagas já controladas pelos parquímetros. Os guardadores bolaram um esquema hoje usado em toda a cidade pra convencer os motoristas a pagar uma taxa para os flanelinhas e não para as máquinas. O motorista só precisa deixar uma pequena abertura na janela do carro. Se o agente não aparecer, tudo bem. Mas se ele se aproximar, o flanelinha vai pra máquina, paga a taxa e coloca o bilhete no painel do carro. A Secretaria de Trânsito de São José alega que os marronzinhos não têm poder para fiscalizar guardadores. "A gente legalmente não tem como fazer a diferenciação de ver quem colocou o ticket. É um problema de segurança pública", explicou Paulo Guimarães, diretor de trânsito. De acordo com a Polícia Militar, a pessoa que se sentir intimidada pela ação dos flanelinhas, sofrer ameaça, ou tiver o veículo danificado, deve imediatamente discar para o 190, que a PM vai até o local e será feito um boletim de ocorrência. |
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