Simone Lima foi esfaqueada supostamente por um aluno dentro da escola.
Polícia investiga hipótese de crime passional, já que ele seria apaixonado.
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A família da professora de português Simone Lima, que morreu esfaqueadaem uma escola de Itirapina (SP), na noite de segunda-feira (11), está perplexa com o crime. “A gente não se conforma”, desabafou a irmã Silmara de Lima, com quem a docente morava desde que ficou órfã de pai e mãe. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime passional, já que ele seria apaixonado pela docente, segundo informações de testemunhas.
O crime aconteceu dentro da Escola Estadual Professor Joaquim de Toledo Camargo. Segundo a Polícia Militar, o suspeito, que é um aluno de 33 anos, entrou na sala dos professores, empurrou um deles e atacou Simone, que não teve tempo de reagir. A vítima foi socorrida pelo Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), mas já chegou ao hospital sem vida.
A história deixou familiares, colegas de trabalho e estudantes chocados. “Ela era uma professora bem extrovertida, legal, compreensiva na sala de aula e eu nunca imaginava que isso fosse acontecer aqui”, falou a aluna Aline Julião.
Quem conhece o perfil da professora fica indignado. “Todo mundo só falava bem dela, ela sempre vivia sorrindo, nunca teve queixa de nada. E ela só tinha 27 anos, estava começando a vida agora, gostava do trabalho, estava feliz porque era uma coisa que queria, a gente não se conforma. A gente só quer justiça”, desabafou a irmã.
Segundo Silmara, em nenhum momento o estudante chegou a perseguir a professora, enviar cartas ou abordá-la. “Não que ela tenha comentado com a gente”, falou. Para ela, a suspeita da polícia é a única explicação para o caso. “Eu acho que era um amor platônico que ele tinha por ela e como não era correspondido resolveu se vingar dessa forma monstruosa que abalou a cidade inteira”, falou.
O horário do enterro da professora não foi divulgado pelos familiares.
Suspeito preso
O estudante, que tem aulas pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi encontrado pela Polícia Militar às 3h desta terça-feira (12). Ele estava escondido em um canavial próximo a um resort na zona rural de Itirapina. Na fuga ele deixou cair a bainha da faca e o celular.
O estudante, que tem aulas pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi encontrado pela Polícia Militar às 3h desta terça-feira (12). Ele estava escondido em um canavial próximo a um resort na zona rural de Itirapina. Na fuga ele deixou cair a bainha da faca e o celular.
“Não teve resistência, não teve nada. O padrasto relatou informalmente que ele teria feito uso de entorpecente antes. Mas, pelo que consta, é um menino que tem família em ordem, não tem nenhuma deficiência ou algo que pudesse motivar esse tipo de ação”, afirmou o tenente da Polícia Militar Ademar Gregolim.
Falta de segurança
Para o Sindicato dos Professores, a falta segurança é evidente nas escolas. “Os relatos dos professores, principalmente nas reuniões que a gente faz no sindicato, têm demonstrado que essa situação de violência, de confronto entre professor e aluno é cada vez mais frequente, até que chega uma hora que foge do controle e chega a situações extremas”, relatou o conselheiro da Apeoesp Ronaldo Mota.
Para o Sindicato dos Professores, a falta segurança é evidente nas escolas. “Os relatos dos professores, principalmente nas reuniões que a gente faz no sindicato, têm demonstrado que essa situação de violência, de confronto entre professor e aluno é cada vez mais frequente, até que chega uma hora que foge do controle e chega a situações extremas”, relatou o conselheiro da Apeoesp Ronaldo Mota.
Proteção Escolar
O coordenador do Sistema de Proteção Escolar da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Felippe Angeli, foi até a cidade para analisar o caso. “Nossa prioridade agora é colaborar com a investigação policial, que já deteve o suspeito, identificar de fato a autoria desse crime, e a partir daí ver o que a gente pode fazer para essa comunidade escolar que obviamente está muito abalada com tudo o que aconteceu”, disse Angeli.
O coordenador do Sistema de Proteção Escolar da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Felippe Angeli, foi até a cidade para analisar o caso. “Nossa prioridade agora é colaborar com a investigação policial, que já deteve o suspeito, identificar de fato a autoria desse crime, e a partir daí ver o que a gente pode fazer para essa comunidade escolar que obviamente está muito abalada com tudo o que aconteceu”, disse Angeli.
Segundo ele, apesar do crime bárbaro, não deve haver a contratação de agentes de segurança para as escolas. “Não há seguranças na rede estadual de ensino. A gente tem a presença de outros funcionários que acompanham a entrada e saída de alunos e a convivência dentro da unidade escolar, desde uma equipe pedagógica, o professor mediador e outros agentes que acompanham a convivência. E aparentemente não houve falha de segurança, até porque, o principal suspeito é um aluno, então ele tinha toda entrada garantida na escola”, justificou.
fonte: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/03/gente-nao-se-conforma-desabafa-irma-de-professora-morta-em-itirapina.html
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