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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

'Cocaína que vicia nosso filho passa pela fronteira', diz Rodrigo Pimentel

 

Comentarista de Segurança Pública fala sobre operação policial de apreensão de drogas, armas e carros roubados que acontece na fronteira brasileira




Essa medida do governo boliviano preocupa autoridades brasileiras. A Bolívia diz que todos os carros roubados vão ser identificados, apreendidos e devolvidos ao Brasil. Como fiscalizar esses milhares de quilômetros de fronteira?
A polícia que vimos no vídeo é a Polícia Militar Estadual. O governo de Mato Grosso não esperou o Governo Federal, não esperou a Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal ou o Exército Brasileiro e criou uma unidade de fronteira.
O que acontece na fronteira tem implicação na violência das capitais. São as armas, parte da maconha, toda a cocaína. O Brasil faz fronteira com um dos maiores produtores de cocaína do mundo. A fronteira merece uma atenção especial.
Dia 10 desse mês, o veículo aéreo não tripulado, VANT, que custou milhões de dólares, foi uma promessa de campanha da Dilma Rousseff e começa a voar. Será o primeiro voo desse veículo não tripulado. É pouca coisa ainda, mas já é um início. Ele tem a capacidade de monitorar a quatro mil metros de altura e capacidade de monitorar milhares de quilômetros de fronteira.
Mas algo deve ser feito mobilizando os estados, toda a federação, a União. Um esforço maior, porque a arma que mata nosso cidadão e a cocaína que vicia nosso filho passam pela fronteira seca do Brasil e também pela fronteira de rios.
O ‘Bom Dia’ mostrou essa semana uma operação da polícia para evitar o contrabando no interior de São Paulo em uma estrada clandestina. Esses grupamentos na fronteira, que fazem blitz nas estradas funcionam?
Essa operação pega o “tráfico formiguinha”. Apesar do esforço, vimos que foram 90 quilos de cocaína, o que é pouco perto do que passa na fronteira em grandes caminhões. Na verdade, é preciso ações de inteligência, coordenadas sempre pelo governo federal.
O exército brasileiro está entrando no Sistema Nacional de Proteção de Fronteira e está mobilizando R$ 8 bilhões para uma ação subsidiária de apoio à Polícia Federal e coordenar ações de fronteira. É uma medida que pode funcionar daqui a cinco ou seis anos. A gente pode colher os frutos dessas ações a médio prazo e não a curto prazo.


fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/11/cocaina-que-vicia-nosso-filho-passa-pela-fronteira-diz-rodrigo-pimentel.html

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