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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pai de jovem morto sobre homem que atropelou mais um: 'Não acredito'

A história do caminhoneiro que provocou um acidente grave em Vitória neste fim de semana expõe os problemas da legislação de trânsito brasileira.

 


A história do caminhoneiro que provocou um acidente grave, na Grande Vitória, neste fim de semana, expõe os problemas da legislação de trânsito brasileira.
A irresponsabilidade à mostra: uma testemunha filmou pelo celular o caminhoneiro José Carlos Ximenes da Silva com sinais evidentes de embriaguez. Ele mal conseguia falar. Ele dirigia o caminhão que passou por cima de um motociclista em um cruzamento na cidade de Serra, na Grande Vitória. Foi no fim de semana. O jovem motociclista de 28 anos morreu na hora. Deixou dois filhos. O caminhoneiro se recusou a fazer o teste do bafômetro.
Em abril de 2010, esse mesmo caminhoneiro fez o teste do bafômetro. Ele havia bebido quando atropelou outro jovem motociclista em uma avenida em Vila Velha. Eduardo Gonçalves, de 19 anos, morreu no acidente. Foi o pai dele, o comerciante José Santos Stofel, que chamou a atenção para uma situação difícil de acreditar.
Só nesta terça José prestou mais atenção à notícia do fim de semana. Ele e a mulher mal acreditaram quando viram a imagem do caminhoneiro envolvido em outro acidente e mais uma morte.
“Não tem como aceitar que uma pessoa que cometeu um erro um ano atrás cometeu o mesmo erro? Não sofreu punição nenhuma. Não teve nem a CNH presa, exercendo a profissão de motorista, embriagado. Não tem como acreditar”, lamentou o pai.
No ano passado, quando atropelou o filho do casal, o caminhoneiro José Carlos Ximenes da Silva, de 48 anos, pagou fiança de R$ 300 e foi solto para responder ao processo em liberdade.
“Ele pagou R$ 300. Atropelou meu filho às 17h30 e às 22h estava solto. Não esperaram ver se meu filho tinha falecido”, conta Edilene Stofel, mãe de Eduardo.
O delegado de trânsito Fabiano Contarato critica a lei brasileira. Na opinião dele, o caminho já deveria ter perdido o direito de dirigir no primeiro atropelamento.
“A Constituição assegura que ninguém será considerado culpado até a condenação. Nesses casos, a CNH é entregue ao motorista e a ele são assegurados todos os meios de recursos e instâncias. E apenas ao término desse procedimento, quando ele for considerado culpado, é que é estabelecido uma sanção de suspensão da CNH desse motorista”, explica.
O caminhoneiro está preso e foi indiciado por homicídio doloso qualificado. Significa que ele assumiu o risco de matar alguém com o comportamento que teve.

fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/10/pai-de-jovem-morto-sobre-homem-que-atropelou-de-novo-nao-acredito.html

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