Conseguir um bom emprego, um bom lugar no mercado de trabalho, é o sonho de muitos brasileiros que estão voltando para casa.
São 200 toneladas de força e tecnologia. Da linha de produção de uma fábrica em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, saem três locomotivas novinhas a cada semana. Uma força-tarefa de engenheiros teve de ser chamada para dar conta do crescimento das encomendas.
“Dois anos atrás, nós tínhamos pouco mais de 15 a 20 pessoas trabalhando na área de engenharia. Estamos falando em fechar o ano de 2011 com 70 profissionais só nessa área de desenvolvimento”, contou o diretor comercial Rogério Guimarães Mendonça.
Investir em inovação é um caminho para ganhar mercado. Por isso, empresas do país também estão recrutando brasileiros que viraram cientistas em universidades do exterior. Em um laboratório, por exemplo, um especialista em bioquímica aplicou todos os conhecimentos que tem em centros de pesquisa na Alemanha. Hoje a pequena empresa em que ele trabalha é dona da patente de um anticorpo sintético, produto que só tem concorrente na Europa e nos Estados Unidos.
“Fazendo um procedimento no anticorpo sintético, virtualmente podemos fazer anticorpos para qualquer proteína, daí novos procedimentos em antibióticos e tratamentos para doenças incuráveis, como o câncer”, conta o especialista.
Para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), pequenas e médias empresas também precisam apostar nessa ideia. Segundo a Fiemg, o gasto maior com salários compensa.
“O ganho imediato é produtividade. Você tem profissionais qualificados atuando com uma competência e com uma formação reconhecida e que, de fato, vai trazer benefícios para a indústria independente da sua área de atuação”, afirma o gerente de inovação da FIEMG, Célio Cabral de Souza Júnior.
O engenheiro eletrônico Tiago Maranhão Alves trouxe para o Brasil um projeto de fabricação de microchips inteligentes. Diz que trocar Londres por Belo Horizonte foi bem mais fácil do que ele imaginava.
“Acima de tudo, é o desejo de ver os filhos crescendo como você cresceu. É uma perspectiva de aplicar o que foi aprendido fora na nossa realidade social e dando resultado para nosso país”, observou Tiago Maranhão Alves.]
fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/08/empresas-atraem-profissionais-com-experiencia-fora-do-pais.html
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