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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Do café ao pãozinho, preços estão em média 6% mais caros


O motivo da alta dos produtos que levam trigo, segundo a Fecomércio, é a instabilidade do clima. A previsão é de que o preço da carne vai piorar.

O consumidor está sentindo no bolso. Os alimentos estão mais caros. Em média, os preços subiram quase 6% no ano passado. Do couvert ao cafezinho, nada escapou. Os aumentos do pãozinho, por exemplo, já estão no segundo aniversário. Infelizmente ainda vem mais aumento por aí.
Aumentos de 0,9% ou 2,3% parecem pouco, mas na hora de pagar a conta é que o reajuste aparece. “Subiu tudo. Meia dúzia de saquinhos deu R$ 85”, comenta o aposentado Nilson Faria.
Não é impressão. Os preços dos alimentos subiram mesmo. A Federação do Comércio deSão Paulo fez um levantamento e descobriu que os preços dos produtos de supermercados fecharam o ano passado em alta de 5,54% na comparação com 2010.
O café e o chá têm quase 20% de aumento. O valor dos legumes também disparou. “O mercado está um absurdo. Está tudo muito caro”, reclama uma senhora. Nessa lista negra também está o leite. “Antes era tão baratinho o leite, mas agora não. Agora a gente não tem nem condição de comprar o leite mesmo suficiente, o tanto que deve”, conta a doméstica Martinha Pereira de Matos.
A conta da padaria também está mais cara. O pãozinho, os bolos e os doces não têm redução de preço há mais de dois anos. Em 2011, os alimentos derivados do trigo tiveram alta de 7,49%. “Está muito caro. O pessoal, a criançada, come muito pão e precisa baixar. Pão é uma coisa sagrada”, diz uma senhora.
O motivo da alta dos produtos que levam trigo, segundo a Fecomércio, é a instabilidade do clima.
“A lavoura de trigo, que está sendo plantada agora na Argentina, já tem alguma sinalização de que vai ter alguma perda. Então, a gente provavelmente também deve ter uma continuidade nesse cenário de alta no preço do trigo e consequentemente dos panificados”, explica Júlia Ximenes, economista da Fecomércio-SP.
E o preço da carne? “A carne aumentou muito esse ano”, diz um senhor. A previsão é de que vai piorar. Já que não dá para tirar da mesa alimentos tão importantes, o jeito é pesquisar. “A gente tira, balanceia do outro, às vezes a gente compra até em outro lugar também. Infelizmente, assim a gente vai levando”, conta o zelador Sílvio Vieira dos Santos.
Ir de carro ao supermercado também ficou mais caro. Os combustíveis aumentaram quase 8%. Quem sabe não é um motivo para adotar uma bicicleta com cestinho.
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Construção civil adota soluções de emergência por falta de mão-de-obra


A falta de mão-de-obra de qualificada no país tem levado as construtoras a adotar soluções de emergência para manter os prazos de entrega.

Eles receberam permissão para entrar no país e agora começam a se espalhar pelos canteiros de obra Brasil afora. Trabalhadores vindos do Haiti têm ajudado a preencher as muitas vagas criadas pela construção civil. Mesmo assim, ainda está faltando gente.
O maior problema das empresas hoje está nas portas das obras: a placa de “Precisa-se”. “Não estamos tendo mais pessoas disponíveis, porque a taxa de desemprego está muito baixa. Você não consegue nem substituir com a alta rotatividade”, afirma o economista Márcio Salvato.
Em Cuiabá (MT), a solução foi empregar haitianos que têm permissão para trabalhar no Brasil. No Haiti Clércius Monestine era professor de francês e aqui vai aprender no canteiro de obras. “Agora eu trabalho como ajudante da construção”, afirma o ajudante de pedreiro Clércius Monestine.
Isaac Relh quer trazer a família do Haiti. O mestre de obras conta que milhares de pessoas deixaram o país por causa da crise econômica provocada pelo terremoto, há dois anos. “Há muita dificuldade de estudar, de trabalhar, de tudo”, cita.
Na maioria das empresas, experiência já não é exigida. Para cumprir os prazos de entrega das obras, uma construtora, por exemplo, encontrou uma maneira mais rápida de qualificar os novos profissionais. Os mais velhos apadrinham os recém-chegados e ensinam a profissão.
“Se ele for bem qualificado, melhora o salário. Por outro lado, o padrinho também recebe uma premiação”, diz a gerente de recursos humanos Gláucia Teixeira.
Seu Nascimento é o professor de Jocélio. O jovem de 19 anos começou como servente de pedreiro no ano passado e agora já é lustrador. “A gente vai aprendendo, o salário aumenta e vai ficando melhor”, comemora Jocélio.
Luciano Alves de Oliveira também já teve um padrinho e hoje é almoxarife. No local de trabalho, ele percebe que está faltando gente. “Tínhamos quatro. Hoje só tem eu e mais um. E a obra continua, é cada vez mais rápido o processo. É muito estressante, às vezes. Tem de correr atrás para ver se batiza um urgente”, brinca o almoxarife.

Mais um preso retorna à delegacia por conta própria, em Salvador


Preso retornou convencido pela madrinha; 19 continuam foragidos.
No domingo (29) outro preso voltou acompanhado de parentes.

Do G1 BA
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Mais um dos presos que fugiram do complexo policial dos Barris, no domingo (29), em Salvador,  retornou por conta própria à delegacia. De acordo com as informações da polícia, o foragido se apresentou na unidade na tarde de segunda-feira (30). Na fuga, 21 presos saíram da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) e da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), que funcionam no mesmo local.
Ainda segundo as informações dos policiais, o segundo preso se entregou a pedido da madrinha, que o acompanhou no retorno à carceragem do complexo.
No domingo (29), um dos foragidos retornou para a delegacia, após ter sido convencido pelos pais e pela avó. Com os dois foragidos que retornaram, agora a polícia procura 19 fugitivos. Os presos fugiram da carceragem do complexo policial após serrarem as grades e escaparem pelo teto da unidade, usando lençóis amarrados, popularmente conhecidos como "terezas". A polícia continuará em diligência nesta terça-feira (31) à procura dos foragidos.

Bope terá nova farda camuflada para dificultar identificação de policiais


Uniforme preto tradicional continuará sendo usado por policiais. 
Tecido novo facilita respiração é inspirado em farda de guerra no Afeganistão.

Thamine LetaDo G1 RJ
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Nova farda camuflada deve chegar ao batalhão em julho (Foto: André Durão/G1)Nova farda camuflada deve chegar ao batalhão em julho (Foto: André Durão/G1)
A Tropa de Elite da Polícia Militar do Rio vai ganhar um novo uniforme ainda em 2012. Além das tradicionais fardas pretas, que acompanham os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) há cerca de 20 anos, os combatentes vão poder usar também uma farda camuflada que dificulta a identificação dos policiais durante operações na mata e em comunidades cariocas.
O uniforme preto não será substituido pela farda camuflada (Foto: André Durão/G1)O uniforme preto não será substituido pela farda
camuflada (Foto: André Durão/G1)
Segundo o Major Maurílio Nunes, responsável pela encomenda das novas fardas, o novo uniforme é mais seguro, confortável e permite que os agentes do Bope respirem com mais facilidade.
“São esses três pilares que a gente buscou: saúde, conforto e segurança. Taticamente não é interessante divulgar um padrão de onde e quando vamos usar. Mas a farda preta vai continuar a existir, e a nova padronagem de camuflagem também. A farda nova se adéqua bem em operações na selva e na mata urbana”, disse Nunes em entrevista aoG1. Segundo o major, o tecido foi escolhido após uma pesquisa científica realizada pelo Bope em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Farda usada por soldado americano no Afeganistão  (Foto: André Durão/G1)Farda usada por soldado americano no Afeganistão
(Foto: Erik de Castro/ Reuters)
Segurança 
A pesquisa concluiu que quando o combatente estava vestido com a farda preta era facilmente identificado durante uma ação. “O preto delineia muito a silhueta do combatente. Então, o bandido vai saber que é um policial que está ali. Já a padronagem da camuflada, quebra o contorno do agente, e dificulta a identificação”, disse.
A farda camuflada que será usada pelo Bope foi criada para soldados americanos que lutaram na guerra do Afeganistão. Segundo o major Nunes, por causa da dificuldade na produção do tecido, o batalhão ainda aguarda a licitação para a compra do novo uniforme.
Policial do Bope simula ação com modelo da nova farda (Foto: André Durão/G1)Policial do Bope simula ação com modelo da nova
farda (Foto: André Durão/G1)
“Se conseguirmos que o tecido seja produzido aqui (Brasil) será uma licitação nacional. Caso tenhamos que importar, abriremos uma licitação internacional. A previsão é que aproximadamente em julho tenhamos essas fardas no Bope”, afirmou Nunes.
As fardas pretas também serão novamente produzidas, com o mesmo tecido usado na farda camuflada. Segundo o Nunes, 1.200 fardas devem ser compradas e cada uma poderá custar cerca de R$ 200.
Evitar cópias
De acordo com o Bope, uma das vantagens da nova farda é a dificuldade de copiar o material. “Depois que todo mundo começar a ver, lógico, acabam querendo copiar. Mas o tecido vai ser muito difícil de imitar. Teremos um cuidado para dificultar ao máximo a cópia da farda”, acredita Nunes.
Simulação com o novo uniforme na mata (Foto: André Durão/G1)Simulação com o novo uniforme na mata (Foto: André Durão/G1)
Em 1978, quando o Batalhão de Operações Especiais foi criado, os agentes usavam a farda azul da Polícia Militar, assim como agentes de outros batalhões da instituição. Na década de 90, a farda preta foi adotada. A partir de então, o Bope passou a ser reconhecido pelo uniforme, que também era visto como arma psicológica.
“Falar em mudança de farda gera uma expectativa nas pessoas, achar que a nossa farda preta vai mudar. As pessoas ainda vão identificar o Bope com a farda preta, pois continuaremos usando. Mas muito mais que a farda, o que fez o nome do Bope foi o homem por trás dela”, acredita Nunes.
Segundo o Bope, quando os agentes atuam em ocupações em favelas, todo o equipamento pesa cerca de 25kg. Além da farda, o combatente usa colete, capacete, cinto de guarnição, uma pistola e um fuzil.